Pesquisa de Dicas e Ervas

Olá Amigos e Amigas, Bem vindo!!!

Blog desenvolvido para ajudar as pessoas a encontrarem a melhor erva para o seu problema de saúde.

As informações deste blog não pretendem substituir o médico e sim dar um alívio mais imediato ao paciente, evitar consultas por males insignificantes, diminuindo os gastos sociais e deixar os serviços médicos para os casos mais importantes. Serve também para orientar pacientes em locais carentes

Aproveite esta oportunidade e compartilhe com seus amigos.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Hortelã






Seu nome botânico Mentha deriva de Mintha, nome dado à ninfa que a deusa grega Perséfone, por ciúmes, transformou em planta e piperita = pimenta, relacionado ao sabor apimentado desta espécie.
A Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil 1ª Edição (1926) descreve as folhas e sumidades floridas que constituem a droga vegetal: “A hortelã pimenta é uma planta herbácea de caule quadrangular, ramoso, de 1 a 2 mm de diâmetro, com folhas pecioladas, ovais-oblongas ou oblongo-lanceoladas, acuminadas, desigualmente serreadas, de 5 a 9 cm de comprimento, de cor verde clara a pardo-purpurina, quase glabras na página superior e pubescentes na inferior, principalmente sobre as nervuras; os pecíolos são levemente pubescentes e medem de 5 a 15 mm de comprimento. A inflorescência é composta de espigas terminais formadas de glomérulos axilares; as brácteas são oblongo-lanceoladas, nimiamente pontilhadas de glândulas e em geral de cor purpurina escura; a corola é de cor purpurino-arroxeada clara, tubular-campanulada, de cerca de 3 mm de comprimento, sub-regular, com quatro lobos, e glabra interna e externamente; os estames, em número de quatro, são quase iguais e inclusos.
A hortelã-pimenta possui cheiro forte, bastante aromático, característico e sabor especial, picante, aromático, que deixa na boca sensação de frescura agradável.”

Nome Científico: Mentha piperita L. Sinonímia: Mentha balsamica Willd.; Mentha glabrata Vahl.; Mentha hircina Hull.; Mentha hispidula Poepp.; Mentha kahirina Forsk.; Mentha napolitana Tenore; Mentha odora Salisb.; Mentha officinalis Hull.; Mentha pimentum Nees.; Mentha piperata Stokes; Mentha tenuis Frank.

Nome Popular: Hortelã, Hortelã Pimenta, Menta Inglesa e Sândalo, em português; Minze, Pferffermuenze e Pferfferminze, na Alemanha; Pebermynte, na Dinamarca; Hierbabuena, Hierbabuena de Olor, Menta, Menta Inglesa, Menta Pimentada, Menta Piperita e Yerbabuena, em espanhol; Menthe, Menthe Anglaise e Menthe Poivrée, na França; Peperminte, na Holanda; Mint, Mitcham, Peppermint, Peppermut-Caw Flower e Spearmint, em inglês; Menta, Menta Piperita, na Itália; Pepparmynta, na Suécia.

Denominação Homeopática: MENTHA PIPERITA.

Família Botânica: Labiatae.

Parte Utilizada: Folha.

Princípios Ativos:
Óleo Essencial (1-4%): mentol (33-55%), acetato de mentilo (10-20%), mentona (9-31%) e em menor escala felandreno, limoneno(3-7%), pineno, piperitona, pulegona (0,5-4%), cineol (5-18%), viridoflorol, mentofurano, isomentona, sabineno, ésteres de mentol (valerianato, isovalerianato e acetato); Taninos (entre 6 e 12%); Flavonóides (12%): apigenol, luteolol, mensídeo e rutina; Triterpenos: ácido ursolíco e ácido oleanólico; Princípios Amargos; Ácidos Fenólicos; Ácido Rosmarínico.


Indicações e Ação Farmacológica:
Esta espécie é indicada nas afecções gastrintestinais: inapetência, dispepsias hiposecretoras, flatulências, enterites, síndrome do cólon irritável, coleocistites, disquinesias hepatobiliares e vômitos; nas enxaquecas; nas dismenorréias; na fadiga e na sinusite. Topicamente é aplicada sobre as inflamações osteoauriculares, nas dores de dente, na urticária, nos eczemas, nas dermatomicoses, nas gripes e resfriados, na bronquite, rinite, sinusite e asma. Em Homeopatia é utilizada na tosse seca, cólica hepática e externamente no tratamento de prurido vaginal.

O mentol é o principal componente do óleo essencial responsável pelo agradável aroma e pela ação terapêutica. Tanto o óleo essencial como os flavonóides são os responsáveis pelos efeitos antiespasmódico, colerético, colagogo, antiflatulento, antipruriginoso, antiemético e analgésico das mucosas proporcionados por esta espécie, os quais foram demonstrados através de numerosos ensaios in vtiro e in vivo (Kantarev N. e Peicev P., 1977; Harries N. et al., 1978; Rees W. et al., 1979; Leicester R. e Hunt R., 1982). O efeito analgésico ao nível intestinal promove uma ligeira anestesia da mucosa gástrica, condicionando indiretamente a um efeito anti-emético, útil nos casos de náuseas e vômitos. Um estudo feito na Alemanha envolvendo 45 pacientes que sofrem de dispepsia, 95% demonstraram sinais de melhora, tais como a eliminação de gases, de cólicas e náuseas, ingerindo cápsulas feitas de 90 mg de óleo essencial de Hortelã e 50 mg de óleo de Alacarávia (May B. et al., 1996).

Externamente o óleo essencial de Hortelã esfregado sobre as têmporas, testa e pescoço tem tido resultado no alívio das dores de cabeça. Num experimento duplo-cego, feita por pesquisadores da Universidade de Kiel, na Alemanha, em 32 sujeitos que sofrem de cefaléias tensionais, demonstraram que o óleo essencial de Hortelã atuava em um grau maior aliviando esta afecção, do que o mesmo óleo misturado com essência de Eucalipto ou extratos de Eucalipto (Gobel H. et al., 1994).

Outros experminentos demonstraram que o princípio amargo existente promove efeito aperitivo e os ácidos fenólicos propriedades antiinflamatórias, anti-sépticas e anti-fúngicas (Musin M. et al., 1977).

Os taninos da Hortelã proporcionam um efeito adstringente útil nos casos de diarréias. Alguns estudos demonstraram que a mistura de extratos vegetais ricos em óleos essenciais podem produzir um certo grau de anorexia útil no tratamento da obesidade, como é o caso da mistura de Eucaliptus globolus, Rosmarinus officinalis e Mentha piperita (Vidal Ortega C., 1995).

Toxicidade/Contra-indicações:
Em indivíduos sensíveis ao mentol podem aparecer insônia e irritabilidade nervosa. A introdução da essência por via inalatória pode promover depressão cardíaca, laringoespasmos e broncoespasmos, especialmente em crianças, devido a isso é desaconselhável o uso de ünguentos mentolados ou preparados tópicos nasais a base de mentol. Da mesma forma a inalação do óleo essencial não deve ser feita durante longos períodos pois pode ocorrer irritação das mucosas (Gattuso P. et al., 1991).

Trabalhos experimentais feitos sobre os óleos essenciais, têm demonstrado que algumas das substâncias que são encontradas em alta quantidade (cetonas terpênicas e fenóis aromáticos), podem provocar toxicidade. No caso da Hortelã, deve-se salientar que a forma isolada da pulegona possui efeitos convulsivos e abortivos; o limoneno e o felandreno efeito irritativo sobre a pele e o mentol efeitos narcóticos, estupefascientes e em menor escala, irritativos dérmicos (Belziat M., 1983; Wilkinson S. e Beck M., 1994; Pellecuer J., 1995).

O óleo essencial de Hortelã é contra-indicado para menores de 2 anos, durante a lactação e gravidez.

Dosagem e Modo de Usar:

Uso Interno:

- Infusão: 1,5-3 gramas em 150 ml de água. Tomar três vezes ao dia;
- Extrato Fluido (1:1): 15 a 30 gotas, três vezes ao dia, com infusão ou água açucarada.
- Tintura (1:5): 50 gotas, uma a três vezes ao dia;
- Xarope (5% de Extrato Fluido): 20 a 100 gramas ao dia;
- Homeopatia: 3ª. Nas tosses, em geral a 30ª.
- Óleo Essencial:
a) Nos transtornos digestivos: 0,2-0,4 ml, três vezes ao dia, em suspensão oleosa, alcoólica ou em comprimidos entéricos;
b) Na síndrome do cólon irritável: 0,2-0,4 ml, três vezes ao dia, em cápsulas ou comprimidos entéricos;
c) Nos problemas respiratórios: inalações com 3-4 gotas sobre água quente ou em comprimidos de 2-10 mg.

Uso Tópico:
Linimentos, solução alcoólica: Promover fricções. Utilizados nas inflçamações osteoarticulares, mialgias, dores dentais, etc.

Referências Bibliográficas:
ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Editora. Buenos Aires 1998.
PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª edição. 1998.
CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Seleções do Reader’s Digest. 1ª edição. 1983.
CAIRO, N. Guia de Medicina Homeopática. 1983.
SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos. Livraria Editora. 2000.ALBINO, R. Pharmacopéia dos Estados Unidos do Brasil. 1ª edição. 1926.




Um comentário:

Unknown disse...

Boa tarde pessoal!

Meus parabéns ao autor deste artigo!
Também escrevo para informá-los sobre a QUINARÍ, uma empresa que dispõe de uma enorme variedade de óleos essenciais. São mais de 50 tipos, todos 100% puros e de ótima procedência. A QUINARÍ é referência nacional neste segmento! Afinal, vende seus óleos para todo o Brasil há anos através de sua loja virtual – bem elaborada e de fácil navegação! Visite-os:

www.quinari.com.br
(Categoria Óleos Essenciais)

Sempre compro meus óleos lá!
Ah, eles também vendem diversos tipos de óleos carreadores!
Entregam em sua casa...em qualquer lugar do Brasil!

Abraços