Pesquisa de Dicas e Ervas

Olá Amigos e Amigas, Bem vindo!!!

Blog desenvolvido para ajudar as pessoas a encontrarem a melhor erva para o seu problema de saúde.

As informações deste blog não pretendem substituir o médico e sim dar um alívio mais imediato ao paciente, evitar consultas por males insignificantes, diminuindo os gastos sociais e deixar os serviços médicos para os casos mais importantes. Serve também para orientar pacientes em locais carentes

Aproveite esta oportunidade e compartilhe com seus amigos.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Alfazema





A Alfazema é uma planta que transmite imagem de asseio e natural frescor até em seu nome latino que vem de lavare, que significa lavar. Os romanos já a utilizava em seus banhos para perfumar a água.




Originária dos solos áridos e calcários da Europa Mediterrânea, a Alfazema apresenta de 30 a 60 centímetros de altura, folhas verde-acinzentadas, inteiras, lineares ou oblongo-lanceoladas, mais ou menos enroladas e o fruto é um aquênio com uma semente preta e lisa. São suas flores que representam a droga vegetal, sendo descritas na Pharmacopéia dos Estados Unidos do Brasil 1ª Edição (1926): “ As flores de alfazema são agrupadas em espigas terminais curtas, suportadas por um longo pedúnculo nú e dispostas em 6 ou 10 grupos bastante afastados uns dos outros, consistindo em duas cimeiras de cerca de 3 flores cada uma. Estas flores medem de 5 a 8 mm de comprimento e de 3 a 4 mm de largura; têm o cálice tubuloso, de cerca de 5 mm de comprimento, pubescente, de cor azul de aço a cinzento-azulada no exterior e amarelada no interior, que é glabro e luzidio, percorrido por 10-13 nervuras longitudinais, de bordos quase inteiros ou terminados por 5 dentes, quatro dos quais são muito pequenos e o posterior muito mais desenvolvido (quase 1 mm de comprimento) e formando um lobo distinto, arredondado-romboidal e côncavo. A corola é bilabiada, de cor azul acinzentada, de 1 cm de comprimento, pubescente no exterior, tendo o lábio superior bi-lobado e o inferior formado por 3 lobos menores. Os quatro estames didinamos, pubescentes, são encimados pelas anteras ovóides, as quais se abrem por uma fenda apicilar. Pistilo gimnobásico.
As flores de alfazema têm cheiro aromático especial, forte e agradável e sabor quente e levemente amargo.”

Nome Científico: Lavandula officinalis Chaix Sinonímia: Lavanda angustifolia (Linné) Miller; Lavandula spica L.; Lavandula vera DC.

Obeservação: Existe a espécie Lavandula latifoliaVill., a qual é conhecida por Alfazema-brava e que muitas vezes é chamada de Alfazema apenas, e, seu nome científico considerado como sinonímia. Esta espécie é maior, com folhas verdes, cheiro a cânfora e que floresce um mês mais tarde que a Lavandula officinalis Chaix.

Nome Popular: Alfazema, Lavanda, Lavândula, Alhucena, no Brasil; Lavender, em inglês e alemão; Espliego e Lavanda, em espanhol; Aspic, Badase e Lavande Femelle, na França; Archemissa, na Itália.

Denominação Homeopática: LAVANDULA.

Família Botânica: Labiatae.

Parte Utilizada: Flores.

Princípios Ativos: Óleo Essencial: monoterpenos: linalol, acetato de linalila, cineol, cânfora e -ocimeno, sesquiterpenos: (óxido de cariofileno) e ácido ursólico; Taninos; Ácido Rosmarínico; Cumarinas: herniarina; Flavonóides: luteolol; Fitosteróis.


Indicações e Ações Farmacológicas: A Alfazema é indicada nos distúrbios nervosos: tensão nervosa, depressão, enxaqueca, ansiedade, insônia, taquicardia e hipertensão; nas afecções respiratórias: asma, tosse convulsiva, gripe e bronquite; nas afecções gastrointestinais: inapetência, dispepsias hiposecretoras e espasmos gastrointestinais; em espasmo no uso tópico: feridas, úlceras, acne, picadas de insetos, reumatismo, psoríase, pediculose e no controle da oleosidade nos cabelos. Além disso é muito utilizada na perfumaria, adotando notas agrestes, dando a impressão de frescor.

São ações que a Alfazema proporciona: espasmolítica, colerética, colagoga, anti- séptica, carminativa, repelente de insetos, refrescante e anti-reumática.
Promove uma ação sedante suave, pois o óleo essencial age sobre o mesencéfalo, estimulando-o através do nervo olfativo.

Toxicidade/Contra-indicações: Em doses acima das recomendadas é neurotóxico em uso interno e pode provocar dermatite de contato em uso tópico devido a presença do óleo essencial.
Não é recomendada a administração interna durante a gravidez, a lactação, para crianças menores de 6 anos de idade, para pacientes com gastrite, úlceras gastroduodenais, síndrome do cólon irritável, colite ulcerosa, doença de Crohn, afecções hepáticas, epilepsia, doença de Parkinson ou outra doença neurológica. Não administrar, nem aplicar topicamentea crianças menores de 6 anos de idade ou em pessoas com alergias respiratórias ou com hipersensibilidade conhecida a óleos essenciais.

Dosagem e Modo de Usar:
• Uso Interno:
- Extrato Fluido (1:1): 10-20 gotas, três vezes ao dia;
- Tintura (1:5): 50 gotas, uma a três vezes ao dia;
- Infusão: 5 gramas de flores por xícara, três vezes ao dia, após as refeições;

• Uso Tópico:
- Decocção: 30 a 50 g/l, ferver por dez minutos. Aplicar sob a forma de compressas, banhos e gargarejos;
- Alcoolatura: Sob a forma de compressas;
- Pomadas, géis e loções;

• Cosmetologia: Óleo essencial na perfumaria, na confecção das águas de colônia.
Externamente é indicado como linimento nas dores de reumatismo, para diminuir inchaços, como purificante para peles acnéicas, em shampoos para cabelos oleosos.
- Óleo Essencial: em tônicos até 3%;
- Produtos para banhos, shampoos, sabonetes, géis de banho, máscaras faciais, loções e óleos para rosto: até 10%.

Referências Bibliográficas:
• ALBINO, R. Pharmacopéia dos Estados Unidos do Brasil. 1ª edição. 1926.

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.

• HERNANDEZ, M.; MERCIER-FRESNEL, M.M. Manual de Cosmetologia, 3ª
edição.

• Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest do Brasil. 1ª edição.
1999.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

• TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.

Nenhum comentário: