Pesquisa de Dicas e Ervas

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terça-feira, 3 de março de 2009

Astragalus



O uso do Astragalus é datado desde o “Divine Husbandman’s Classic of the Materia Medica”, obra que atribui o uso desta planta a Sheng-nong, uma legendária figura da cultura chinesa que é considerado fundador da agricultura e da civilização chinesa. A verdadeira origem deste trabalho está perdida mas sabe-se que é resultado do trabalho de uma coleção de escritores. Tradicionalmente o Astragalus é utilizado como tônico na medicinal herbal chinesa, e, atualmente atua como um imunomodulador, especialmente sobre as doenças degenerativas e comumente usado como adjuvante em quimioterapias relacionadas com o tratamento do câncer.
A droga vegetal feita do Astragalus é constituída pelas raízes secas das espécies Astragalus membranaceus (Fisch.) Bunge e Astragalus mongholicus Bunge.
A espécie Astragalus mongholicus Bunge é caracterizada por ser uma erva perene, medindo cerca de 60-150 centímetros de altura. As folhas são pinadas, pequenas e elípticas. Apresenta inflorescência disposta em racemo axilar. O cálice é tubular e mede 5 milímetros de comprimento. A corola é amarelada. O fruto é uma vagem ovado-oblonga, glabra e reticulada. A semente é reniforme.
A raiz de Astragalus pode ser descrita para ambas as espécies como cilíndrica, onde algumas cascas superiores são relativamente espessas, medindo de 30 a 90 centímetros de comprimento e 1-3,5 centímetros de diâmetro. Externamente apresenta uma coloração amarelo pálida ou marrom pálida, com rugas ou estrias irregulares e longitudinais. A textura é dura e tenaz, sendo quebrada com dificuldade. A fratura é altamente fibrosa e tem aspecto de amido, a casca apresenta-se com cor branco amarelada, o lenho é de um amarelo pálido, com estrias radiais e fissuras, sendo que ocasionalmente a parte central de uma velha raiz tem o aspecto de madeira estragada, apresentando coloração marrom escura. Possui sabor fracamente doce e odor fraco.
Astragalus é encontrado na região da China, Coréia, Mongólia e Sibéria.

Nome Científico: Astragalus mongholicus Bunge. Sinonímia: Astragalus membranaceus (Fisch.) Bunge var. mongholicus (Bunge) Hsiao.

Nome Popular: Astragalus, em português e em inglês; Huang qi, Bei qi, Beg kei e Buck qi, na China; Ogi, no Japão; Hwanggi, na Coréia.

Família Botânica: Leguminosae (Fabaceae).

Parte Utilizada: Raiz.

Princípios Ativos: Saponinas Triterpênicas: astragalosídeos I-X e isoastragalosídeos I-IV; Polissacarídeos: astragalano e astraglucano; Flavonóides: calicosina, kumatakenina, isoliquiritigenina, isoramnetina, kempferol, ramnocitrina e quercetina; Aminoácidos: alanina, arginina, asparagina, ácido aspártico, GABA, ácido glutâmico, prolina e outros; traços de Sais Minerais: cálcio, cromo, cobalto, ferro, magnésio, molibdênio, potássio, rubídio, selênio, sódio, titênio, vanádio e zinco; Ácidos Nicotínico, Fólico, Linolêico, Linolênico e Palmítico.


Indicações e Ações Farmacológicas: O Astragalus é utilizado como adjuvante no tratamento de gripes e Influenza; como imunomodulador, promovendo o aumento de histamina; no tratamento da diarréia crônica; no tratamento de edemas; tratamento de sangramento anormal uterino e como um agente cardiotônico. É muito usado como complemento nos tratamentos de quimioterapia.
O Astragalus apresenta ação imunoestimulante, anticarcinogênica, antiviral, antioxidante, hepatoprotetora e suave ação hipotensora.
Assim descrevemos os efeitos proporcionados pelo Astragalus:
• Efeito Imunomodulador: “Estudos Clínicos em Humanos”.
Um número considerável de estudos têm sido feitos demonstrando a eficácia do Astragalus no tratamento de gripes e infecções do trato respiratório superior. Um efeito profilático contra a gripe comum foi reportado em um estudo epidemiológico na China envolvendo 1000 voluntários. A administração de Astragalus, dado tanto na forma oral ou como spray nasal, diminui a incidência da doença bem como encurta o duração da doença. Estudos explorando este efeito protetor, encontraram que a administração oral para pacientes durante duas semanas, acentuou a indução na produção de intérferons pelos glóbulos brancos periféricos. Os níveis de IgA e IgG nas secreções nasais encontram-se aumentadas após 2 meses de tratamento (Chang e But, 1987).
Na China, o Astragalus é amplamente utilizado no tratamento do câncer, tanto como um tratamento primário quanto como um adjuvante nas terapias convencionais. Com muita freqüência é combinado com outra espécie vegetal estimulante do sistema imune. Um número considerável de estudos clínicos randomizados feitos em pacientes com câncer foram conduzidos usando a combinação de Astragalus e Ligustrum (Ligustrum lucidum) em quantidades não avaliadas.
De acordo com o artigo revisto, pacientes com câncer de mama tratados com uma combinação de Astragalus e Ligustrum como um adjuvante nos tratamentos com irradiação, mostrou uma estatística significativa de diminuição em mortes de 1 em 2 para 1 em 10 (P < 0,05). Os autores citam um estudo adicional de pacientes no estágio II e estágio III de carcinoma cervical, os quais foram tratados com as ervas adjuvantes no tratamento da irradiação, mostrou um fraco, embora não estatisticamente significante aumento da sobrevida. Em outro estudo envolvendo pacientes com câncer de pulmão “non-small-cell”, o efeito da quimioterapia convencional foi comparado ao efeito da quimioterapia em conjunto com a mesma preparação de Astragalus-Ligustrum. Os indivíduos com carcinoma escamoso de pulmão mostraram um significante aumento na sobrevida de 204 para 465 dias, e aqueles com adenocarcinoma mostraram um menor aumento na sobrevida, de 192 para 324 dias (Morazzoni e Bombardelli, 1994).
A atividade imunoestimulante do Astragalus está associada à fração polissacarídica dos extratos das raízes (Chang, H.M. 1987; Tomoda M., 1992; Zhou K.S., 1990).

• Efeito Cardiovascular:
Tem sido reportado nas literaturas efeitos cardiovasculares proporcionados pelo Astragalus. Extratos alcóolicos da droga aumentam a contratilidade e a amplitude de contração de corações isolados de sapo ou de rã (Chang, H.M.; Butt, PPH,1987). Injeção intraperitoneal da droga administrada em cachorros não produz nenhum efeito imediato sobre a freqüência cardíaca, mas em 3-4 horas após a administração a inversão das ondas T e prolongamento do intervalo S-T são notados (Chang, H.M.; Butt, PPH,1987). A administração intravenosa da droga produziu hipotensão em coelhos, cachorros e gatos (Chang, H.M.; Butt, PPH,1987). Além disso, as saponinas isoladas da droga exercem um efeito inotrópico positivo em corações isolados de ratos (Wang Q. L., 1992). As saponinas também diminuem o limiar de repouso de culturas de células do miocárdio de ratos, sugerindo que elas possam exercer um efeito inotrópico direto na modulação da bomba Na+/K+ ATPase (Wang Q. L.,1992).

• Efeito Hepatoprotetor: “Estudos Clínicos em Humanos”
Na China o Astragalus é amplamente utilizado no tratamento da hepatite crônica. De acordo com as literaturas, os elevados níveis séricos da enzima glutamato piruvato trasaminase (SGPT - serum levels of glutamate pyruvate transaminase) retornam ao normal e os sintomas associados com a doença abaixam com 1-2 meses de tratamento com uma inespescífica preparação de Astragalus (Tang e Eisenbrang, 1992). Em outro estudo, a normalização dos níveis séricos da glutamato piruvato transaminase foi observada em 80% dos pacientes com 1-2 meses de tratamento com uma indefinida preparação injetável de Astragalus (Chang, H.M.; Butt, PPH,1987).

• Efeito Antiviral: “Estudos em Animais”
Astragalus (250 mg/kg/dia por 5 dias) em combinação com Acyclovir (50 mg/kg/dia por 5 dias) foi testado contra o vírus da Herpes Simplex do tipo 1 (HSV-1). A mortalidade do HSV-1 em ratos infectados foi reduzida para 46,88% nesta terapia. Quando tratado com Astragalus ou com Acyclovir sozinhos, a redução na mortalidade foi de 34,38 e 21,88%, respectivamente. O tempo de sobrevida foi estendido para 6,16 dias com a terapia combinada, comparando com os 4,39 e 2,37 dias com o Astragalus e Acyclovir, respectivamente (Zuo e outros, 1995).

• Efeito Antioxidante: “Estudos em Animais e In vitro”
O potencial antioxidante dos componentes dos Astragalus tem sido reportado em uma série de estudos. Efeitos como a inibição da produção de radicais livres e inibição da peroxidação lipídica foram registrados (Wang e outros, 1994).


• Efeito Bactericida: Foi reportado efeitos bactericidas de grande espectro contra as bactérias Bacillus anthracis, B. subtilis, Corynebacterium diptheriae, C. pseudodiphteriae, Diplococcus pneumoniae, Shigella shigae, Staphylococcus aureus, S. citreus e S. hemolyticus. Nenhuma informação sobre a preparação usada foi reportada (Chang e But, 1987).

Toxicidade/Contra-indicações: Um extrato crú de Astragalus, preparado por refluxo de 100 g de suas raízes por 6 horas com 1000 ml de água destilada e concentrado para 100 ml por meio de evaporação, foi incluído na alimentação dos ratos numa dosagem equivalente a 75-100g/kg. Neste modelo, a toxicidade não foi reportada (Chang e But, 1987; Wagner e outros, 1997). A DL50 em ratos foi estimada em aproximadamente 40 g/kg via intraperitoneal (Chang e But, 1987).
Não há referências nas literaturas consultadas a respeito das contra-indicações.

Dosagem e Modo de Usar:
• Pó: 9-30 gramas ao dia (Farmacopéia da República Popular da China);

• Decocção: 0,5-1 litro diários (acima de 120 gramas da raiz inteira/litro de água);

• Alimentação: 30 g/3,5 l de sopa (ferver com os outros ingredientes da sopa).

Referências Bibliográficas:
• AHP - American Herbal Pharmacopoeia, Astragalus Root, Agosto de 1999;

• WHO Monographs on Selected Medicinal Plants, volume 1, Geneva, 1999.

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