Pesquisa de Dicas e Ervas

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terça-feira, 17 de março de 2009

Espinheira Santa



Trata-se de um arbusto sempre verde que mede cerca de 5 metros de altura, caracterizado por apresentar folhas coriáceas alternas, curtamente pecioladas, com margens dentadas espinhosas, base arredondada, de 4-7 centímetros de comprimento; seu caule é bem ramificado, apresentando estrias longitudinais que a diferenciam das outras espécies do mesmo gênero; suas flores apresentam-se solitárias o em fascículos axilares de cor amarela, florescendo na primavera; o fruto é uma cápsula ovóide avermelhada bivalva, de 1 centímetro de comprimento, com 4 sementes avermelhadas em seu interior.
É encontrada no sul do Brasil, no Paraguai, na Bolívia, no Uruguai e na Argentina.
Tornou-se famosa quando em 1922 o professor Aluísio Franca, da Faculdade Medicina do Paraná., mostrou ao mundo o sucesso obtido com ela no tratamento de úlcera.

Nome Científico: Maytenus ilicifolia Martius. Sinonímia: Maytenus buchananni Loes.

Nome Popular: Espinheira Santa, Cancrosa, Cancerosa, Cominho-do-campo, Espinho-de-deus, no Brasil; Congorosa e Cangorosa, no Paraguai; Mayten, no Chile; Sombra de Toro, Salva-vidas, Quebrachillo e Pus pus, na Argentina.

Denominação Homeopática: ESPINHEIRA SANTA.

Família Botânica: Celastraceae.

Parte Utilizada: Folha.

Princípios Ativos: Alcalóides: maitanprina, maitansina, maitanbutina e cafeína; Terpenos: maitenina, tingenona e isotenginona III, congorosina A e B, ácido maitenóico, ácido salasperônico, friedelina e friedelinol; Flavonóides; Leucoantocianidinas; Ácido Clorogênico; Delta-amirina; Taninos; traços de Sais Minerais e Oligoelementos.


Indicações e Ação Farmacológica: É indicada principalmente nas úlceras gástricas, além das gastralgias e dispepsias. É usada também como antiasmático, contraceptivo e antitumoral.
Grande parte dos estudos realizados com a Espinheira Santa foram realizados no Brasil. Um dos primeiros mostrou que a maitenina apresenta atividade antibacteriana in vitro frente às bactérias Gram positivas, tais como: o Bacillus subtilis, Satfilococcus aureus e Streptococcus spp. Na Argentina também se constatou esses resultados.
A maitenina também apresenta atividade inibitória de sarcomas em experimentos realizados. Quando estas provas foram ensaiadas em pacientes com distintas patologias neoplásicas avançadas resistentes à quimioterapia, pode-se observar resultados positivos empregando-se doses de 150 mcg/kg diários em carcinomas epidermoides nas amídalas, na base da língua e na faringe. Em todos os casos, a redução das lesões foi entre 40 e 60%
durante o período do experimento, não se observando toxicidade gastrintestinal e nem alterações hematológicas.
Cinco anos mais tarde, pôde-se constatar a atividade antitumoral do alcalóide maitansina. Essa substância exerce uma ação através da interferência na síntese da tubulina, uma proteína que intervém na síntese dos microtúbulos, necessários para o funcioamento correto das organelas da célula tumoral. Também se sabe de sua atividade citotóxica nas células Leuk-P 388, CA-9KB e V79.
Experimentos realizados na Escola Paulista de Medicina (Unifesp) demonstraram o efeito antiulcerogênico das infusões de Maytenus ilicifolia e Maytenus aquifolium, administrados via intra-peritoneal e oral em ratas com úlcera gástrica induzidas por indometacina e por situações de stress físico.
Finalmente, já se foi comprovado o efeito tranquilizante, além de potencializar o efeito dos barbitúricos sobre ratas com extrato aquoso, em doses de 170 mg/kg.

Toxicidade/Contra-indicações: De acordo com as investigações feitas pela Escola paulista de Medicina (Unifesp), distintas formas farmacêuticas ensaiadas de Espinheira Santa não apresentaram efeitos tóxicos nem teratogênicos em animais de laboratório tanto em administração crônica ou aguda (Carlini E. et al., 1988). Somente na administração intra-peritoneal, observou-se alguns efeitos sobre o SNC, como um estado depressivo geral (Oliveira M, 1991).
Porém a maitenina provocou alguns quadros de dermatites localizadas quando administrada via intradérmica (Ferreira de Santana C., 1971).
É contra-indicado o uso durante a gravidez e na lactância.

Dosagem e Modo de Usar:
• Pó: Tomar 400 mg/dose, 3 gramas de pó, 1 a 2 vezes ao dia.
• Infusão: de 100 a 400 ml por dia;
• Extrato Seco: de 1 a 4 gramas por dia.

Referências Bibliográficas:

• ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 (obra que cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ações
Farmacológicas/ Toxicidade e Contra-indicações).

• TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.

• COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia. 2ª edição. 1994.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

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