Pesquisa de Dicas e Ervas

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segunda-feira, 23 de março de 2009

Hamamélis


Nativo da América do Norte, a Hamamélis era altamente valorizada pelos índios da região, os quais ensinaram os colonizadores europeus como fazer decocções de galhos, brotos e folhas. Atualmente, a Hamamélis é utilizada como um adstringente, feito a partir da destilação de casca e folhas, misturada em seguida com álcool e água. É um arbusto decíduo ou pequena árvore, podendo chegar a 5 metros de altura, com cascas marrom-acinzentadas; folhas simples rugosas, com pêlos estrelados quando jovens, alternas, ovais, ovalo-romboidais ou obovadas, às vezes ligeiramente lobuladas, assimétricas em relação à nervura central, de coloração pardo-esverdeada na superfície superior e verde-clara na inferior, 5-12 cm de comprimento e 3-8 cm de largura; margem irregularmente dentada; ápice agudo ou obtuso; base obtusa ou subcordada, assimétrica; pecíolos de 1-2 cm de comprimento; flores aromáticas, com pétalas amarelas lembrando tiras retorcidas, abrindo-se depois que as folhas já caíram dos galhos; as sementes, de um preto brilhante, ficam contidas em cápsulas marrons.

Nome Científico: Hamamelis virginiana L. Sinonímia: Hamamelis androgyna Walt., Hamamelis caroliniana Walt., Hamamelis corylifolia Moench., Hamamelis dentata Raf., Hamamelis dioica Walt., Hamamelis hyemalis Rani., Hamamelis macrophylla Pursh., Hamamelis nigra Rafin., Hamamelis parvifolia Rafin., Hamamelis rotundifolia Rafin., Hamamelis virginica L., Trilopus dentata Rafin.

Nome Popular: Hamamélis, Amieiro-moscado, Aveleira-de-feiticeira, Hamamele, no Brasil; Amamelide, na Itália; Flor do Inverno, Hamamele, em Portugal; Noisetier de la Sorcière, Hamamélis de Virginie, na França; Virginischer Zauberstrauch, na Alemanha; Avellano de la Bruja, Hamamelis, em língua espanhola; Hamamelis, Hazel Nut, Snapping Hazel, Spotted Alder, Striped Alder, Tobacco Wood e Winterbloom, em inglês.

Denominação Homeopática: HAMAMELIS.

Família Botânica: Hamamelidaceae.

Parte Utilizada: Casca e folhas.

Princípios Ativos:
• Folhas: Óleo Essencial : rico em álcoois, ésteres, compostos carbonílicos e safrol; Taninos: uma combinação de taninos gálicos (flobatanino) e catacóis condensados. A presença do hamamelitanino é duvidosa.
• Casca: Taninos (10-12%): hamamelitanino , ,  (6%), taninos condensados (galocatequina, epigalocatequina) e monogaíhamamelose; Óleo Essencial (0,5%): rico em eugenol, hexenol, safrol,  e -iononas, sesquiterpenos.

Indicações e Ação Farmacológica: Os taninos produzem um efeito adstringente (e por isso são indicados como antidiarréico, hemostático local e cicatrizante) e bactericida. A propriedade adstringente é caracterizada por precipitar proteínas das células superficiais das mucosas e tecidos, formando revestimentos protetores, diminuindo as secreções e protegendo das infecções. Também diminuem a sensibilidade da pele, sendo útil no tratamento de queimaduras. É muito usado em fórmulas de loções capilares e shampoos, estimulando a formação do epitélio e ativando a circulação da pele.
O extrato aquoso de Hamamélis tem demonstrado por via interna em ratos, atividade antiinflamatória, enquanto que a aplicação local de extratos de folhas de Hamamélis provoca um efeito hipotérmico por vasoconstrição local (Duwiwjua M. et al., 1994). Na homorróida, tanto por via interna (associado com Ginkgo biloba e Plantago ovato) quanto por via externa, o Hamamélis tem evidenciado atividade antiinflamatória aplicando-se sob a forma de água de Hamamélis (Korting H. et al., 1993).
Os hamamelitaninos (taninos presentes na casca) demonstraram possuir atividade antioxidante contra radicais superóxido, inibindo também a despolimerização do ácido hialurônico e provocando, a contração da túnica muscular das veias (Bernard P., 1977). O conjunto de taninos conferem as famosas propriedades adstringentes e hemostáticas quando se utilizam formas galênicas de uso tópica feitas de Hamamélis (Masaki H. et al., 1993).
Os flavonóides proporcionam um efeito vitamínico P, produzindo uma ação flebotônica, vasoprotetora e capilarotrópica, uma vez que diminuem a permeabilidade capilar, ação esta reforçada pelas leucoantocianida, muito útil nas hemorróidas e varizes. O óleo essencial juntamente com os taninos demonstraram possuir propriedades bacteriostáticas (especialmente contra os Gram negativos) e molusquicidas (Peris J. et al., 1995).

Toxicidade/Contra-indicação: É contra-indicado para gastrite e úlcera gastroduodenal, pois os taninos podem irritar a mucosa gástrica, o qual pode ser aliviado associando-se drogas com mucilagens como o Altéia (Althea officinalis).

Dosagem e modo de Usar:

• Uso Interno:
- Infusão (folhas): uma colher de sobremesa por vez. Duas vezes ao dia.
- Decocção (casca): 30 a 60 g/l, ferver durante 2 minutos, duas vezes ao dia.
- Extrato Fluido: 1 a 4 g/dia. (1grama = 38 gotas), em doses de 30 gotas.
- Tintura (1:10): 50-100 gotas, duas a três vezes ao dia.
- Extrato Seco (5:1): 0,3 a 1 g/dia.
- Pó: 0,5-2 g/dia.

• Uso Externo:
- Extrato Fluido (1:1), Tintura (1:5) ou Extrato Glicólico (1:5), em forma de pomada, gel ou creme; em varizes aplicar massageando em sentido ascendente.
- Shampoos: 2-5% de Extrato Glicólico.


Referências Bibliográficas:
• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.

• SCHAWENBERG, P.; PARIS, F. Guia de las Plantas Medicinales. Omega.
1980.

• PDR FOR HERBAL MEDICINES. 1ª edição. 1998.


• Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Seleções do Reader’s Digest. 1ª
edição. 1983.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

• ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Editora. Buenos
Aires 1998.

4 comentários:

Sandra disse...

Boa tarde,

Gostaria de saber se tintura e água de hamamélis é a mesma coisa.

Sem mais,
Sandra

Sandra disse...

Poxa vida, fico chateada quando as pessoas criam um blog e nem não respondem os nossos comentários.

luciano rocha disse...

oi tb tenho a mesma duvida da sandra ... vcs podiam responder ne?

Lúcia disse...

Qual a concentração padrão em cinzas de Hamamellis virginalis?