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terça-feira, 10 de março de 2009

Linhaça


O Linho, planta que dá origem à semente denominada Linhaça é uma das espécies medicinais mais antigas de que se tem notícia. Foi empregada na Babilônia, Mesopotâmia e Egito desde 7000 anos aproximadamente. Existem registros que mostram que os egípcios utilizavam o Linho para confeccionar os lenços que envolviam a suas múmias. O Linho foi introduzido na Europa pelos romanos e mais tarde difundido pelas expedições de Carlos Magno.
É uma herbácea anual, glabra, com raízes fina e de caule cilíndrico, medindo de 30 a 80 centímetros de altura, simples na parte inferior e ramificado na inferior. As folhas são esparsas, lanceolado-alongadas, trinérveas, as inferiores mais largas e menos pontudas que as superiores. As flores possuem um pedúnculo simples; o cálice de 5 sépalas oval-acuminadas, trinérveas, com margem inteira e esbranquiçada; a corola de 5 pétalas com o comprimento 3 vezes maior que o cálice, azuis com vênulas escuras na base, de contorno crenulado. O fruto é uma cápsula globosa, com cálice persistente.
A Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil 1ª Edição (1926) descreve a parte utilizada: “A semente do linho ou linhaça é ovóide ou oblongo-lanceolada, achatada, obliquamente pontuda no hilo e arredondada na chalaza, parda, ou pardo-avermelhada escura, luzidia, de 4 a 6 mm de comprimento, 2 a 3 mm de largura e cerca de 1 mm de espessura; examinada na lupa, sua superfície parece finamente verrucosa. O espermoderma coriáceo e pouco resistente recobre um albume oleoso, branco-amarelado, bastante delgado, sobretudo nas margens o qual envolve dois cotilédones fixados pela sua extremidade afilada numa radícula reta.
Mergulhada na água, a semente de linhaça recobre-se de uma camada de mucilagem; reduzida a pó possui cheiro oleoso, fraco e um sabor doce, mucilaginoso e oleaginoso ao mesmo tempo.”

Nome Científico: Linum usitatissimum L. Sinonímia: Linum africanum Tourn; Linum arvense Bauh.; Linum arvense Neck.; Linum creptans Dum.-Cours.; Linum grandiflorum Hort. ex Rchb.; Linum latifolium Tourn.; Linum monadelphum Hort. ex Rchb.; Linum mucronatum Gilib. Linum narbonense Hort. ex Rchb.; Linum trinervium Hayne ex Roth; Linum utile Salisb.

Nome Popular: Linhaça e Linho, em português; Lein, Leinsaamen, na Alemanha; Hoerre, na Dinamarca; Lino e Linera, em espanhol; Lin e Lin Commun, na França; Ulaszaadt, na Holanda; Common Flax, Flax e Linseed em inglês; Lino, na Itália; Len, na Polônia.

Denominação Homeopática: LINUM.

Família Botânica: Liliaceae, subfamília: Linaceae.

Parte Utilizada: Semente (linhaça).





Princípios Ativos: Óleo de Linhaça (30-40%): composto por ácidos graxos essenciais poliinsaturados, tais como: olêico, linolênico, cis-linolêico e a-linolêico e frações do tipo Omega-3; Mucilagens Ácidas (3-10%); traços de Heterosídeos Cianogenéticos: linamarina e linustatina; Pró-vitamina A e Vitaminas B, D e E; Fitosteróis: b-sitosterol, colesterol, estigmasterol, cicloarteno e D-5-avenasterol; Fibras Solúveis.


Indicações e Ação Farmacológica: A Linhaça é indicada para uso interno no combate da prisão de ventre, gastrite, diarréias e cistite. É também coadjuvante em tratamentos do sobrepeso. Para uso tópico é aplicada sobre eczemas, contusões, furúnculos e abcessos.
A alta proporção em mucilagens, de natureza urônica, confere uma ação laxante mecânica ou de volume (igual a exercida pelo Psyllium), demulcente e hipolipemiante. O óleo hidrolisado proporciona além do seu valor nutricional, ações dermatológicas similares aos da vitamina F e atividade antibacteriana frente ao Staphylococcus aureus (Arteche García A. e col., 1994; Vidal Ortega C., 1995).
O alto conteúdo em fibras solúveis é apropriado para regimes de pacientes diabéticos. Um estudo duplo cego versus placebo feito em humanos na Universidade de Toronto, demonstrou que os grupos que receberam o óleo de linhaça apresentaram um aumento de 375 no teste de tolerância à glicose em comparação ao grupo de controle (Foster S., 1997).
Vários estudos feitos demonstraram o poder antioxidante proporcionado pelo Omega-3 presente na Linhaça.

Toxicidade/Contra-indicações: Pelo fato da Linhaça possuir heterosídeos cianogênicos (25 mg para cada 100 g), recomenda-se tomar as sementes inteiras, pois a cutícula evitará o seu desprendimento e utilizar a farinha da Linhaça apenas para uso tópico (Arteche García A. e col., 1994). A administração de medicamentos a base de Linhaça pode interferir na absorção de outros medicamentos quando tomados juntamente. Para evitar problemas e para que a eficácia da droga seja ótima, recomenda-se tomar com pelo menos 500 ml de líquido por dose.
É contra-indicado o uso da Linhaça nos casos de estenose esofágica, pilórica ou intestinal.

Dosagem e Modo de Usar:
Uso Interno:
- Semente: Uma a três colheres de sopa ao dia, sem mastigar, acompanhadas de bastante água;
- Infusão: Uma colher de sopa por xícara. Ferver durante dois minutos, infundir durante trinta e coar. Tomar duas ou três vezes ao dia;
- Óleo: 1 a 3 colheres de sopa ao dia.







Uso Tópico:
- Decocção: 50/l de sementes, ferver por 3 minutos. Aplicar sob a forma de compressas ou clister;
- Farinha: Sob a forma de cataplasmas. Ferver 15 a 25 g em 500 ml de água mineral.
Aplicar quente sobre furúnculos, abcessos ou adenites.


Referências Bibliográficas:
ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Editora. Buenos
Aires 1998.

PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.

SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

2 comentários:

Unknown disse...

Sempre ouvi dizer que a linhaça, não deveria ser ingerida inteira, e sim triturada, poderia me dizer em termos menos científicos, o por que isso não é recomendado (triturar).
se possível meu email é rutefofinha_pd@hotmail.com

muito obrigada.

Rosa disse...

Boa tarde,
Estava a pensar exatamente o mesmo que a Rute!
Não sei se ela chegou a ter a sua resposta, mas agora também fiquei baralhada, porque o que mais oiço dizer é que a semente inteira não se digere bem e como tal não se aproveitam os nutrientes todos devidamente. Por outro lado também ouvi falar de outro tipo de contra-indicações a nível do estrogénio por exemplo, terá isto também fundamento ou dependerá de caso para caso?
Grata e cumprimentos