Os índios Tupi foram os que primeiro descobriram as qualidades desta planta. São atribuídas diversas espécies ao nome Catuaba. A espécie Erythroxylum catuaba A. J. da Silva (Erythroxylaceae), foi descrita em 1906, num trabalho de tese de doutoramento em medicina, no qual o autor forneceu uma figura da planta como objeto de sua avaliação.
Porém, a Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil 1ª Edição (1926) adotou como Catuaba às raízes da espécie Anemopaegma mirandum (Chamisso) Aph. DC., espécie comercializada na região sul brasileira. Como a droga vegetal é obtida da raiz, é necessário que haja a contínua reposição desta, incentivando o replantio. No entanto, isto não foi feito e culminou numa dificuldade no fornecimento e elevado custo. Associado a esse aspecto está o fato da não demonstração da atividade afrodisíaca, como reputada popularmente em dois estudos farmacológicos.
O resultado dessa associação culminou na diminuição do uso da espécie Anemopaegma mirandum e a procura de outras espécies com propriedades afrodisíacas. Desta forma, apareceram outras espécies de famílias diferentes e que são conhecidas e utilizadas como Catuaba.
Descobriu-se na verificação da situação de mercado da Catuaba que sempre se referiu o emprego da espécie Erythroxylum catuaba A.J. da Silva. Entretanto, esta espécie não existe, pois ao se avaliar a figura constante na tese de doutoramento de A. J. da Silva, em 1906, que na verdade trata-se de uma espécie da família Meliaceae, nada levando a crer uma espécie da família Erythroxylaceae.
Assim, chegou-se à espécie Trichilia catigua Adr. Juss., a qual é uma árvore de 10 metros de altura, apresentando ramos novos, pubescentes, que se tornam glabros com a idade. As folhas são compostas, com 5 a 7 folíolos, curto-pedicelados, oblongo-elípticos, ápice acuminado, irregularmente agudos na base. As flores são branco-amareladas. A casca apresenta forma plana e levemente encurvada. A superfície externa é de cor acinzentada, variando de tons claros e escuros, com aspecto grosseiramente granuloso; apresenta lenticelas circulares pequenas e fendas longitudinais curtas e superficiais; a superfície externa é avermelhada, com fibras finamente estriadas longitudinalmente; a fratura é externamente granulosa e internamente fibrosa, o odor não é característico e sabor é fortemente amargo.
Nome Científico: Trichilia catigua Adr. Juss. Sinonímia: Trichilia affins A. Juss.; Trichilia flaviflora C. DC; Moschoxylum catigua A. Juss.
Nome Popular: Catuaba, Cataguá, Caatiguá, Cedrinho, Mangalô-catigá, Angelim-rosa, em português.
Família Botânica: Meliaceae.
Parte Utilizada: Casca.
Princípios Ativos: Uma triagem química da espécie Trichilia catigua Adr. Juss. Verificou a presença de Taninos; Saponinas e Esteróides.
Indicações e Ações Farmacológicas: Um estudo realizado aqui no Brasil sobre os efeitos propiciados pelo composto denominado Catuama (que inclui Paullinia cupana, Trichilia catigua, Zingiber officinalis e Ptychopetalum olacoides) foram investigados nos corpos cavernosos de coelhos, usando um bioensaio cascata. Catuama causou breves relaxamentos doses-dependentes (11% +/- 7%, 26% +/- 5% e 82% +/- 9% em doses de 1, 3 e 10 mg, respectivamente). Com relação ao extrato de Trichilia catigua este evocou relaxamento prolongado o qual foi seguido por um curto efeito contrátil (Antunes, E.; Gordo W M, de Oliveira JF, Teixeira CE, Hyslop S, De Nucci G., 2001).
Anemopaegma mirandum: Com relação à espécie Anemopaegma mirandum, o que se tem notícia nas literaturas consultadas sua ação está centrada na sua ação tônica e estimulante, caracterizando a Catuaba como um modificador das funções vegetativas, atuando nos centros nervosos, interferindo na condução de impulsos dos nervos motores, sendo por mecanismos depressores ou excitatórios.
Toxicidade/Contra-indicações: Não há referências nas literaturas consultadas para a espécie Trichilia catigua.
Dosagem e Modo de Usar: Não há referencias nas literaturas consultadas para a espécie Trichilia catigua.
Referências Bibliográficas:
• MARQUES, L.C. Contribuição ao Esclarecimento da Identidade Botânica da
Droga Vegetal Catuaba, Revista Racine, nº 43, Mar-Abr 1998.
• ALBINO, R. Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil. 1ª edição. 1926.
• ANTUNES E, GORDO WM, DE OLIVEIRA JF, TEIXEIRA CE, HYSLOP S,
DE NUCCI G. The relaxation of isolated rabbit corpus cavernosum by the
herbal medicine Catuama and its constituents. Department of Pharmacology,
Faculty of Medical Sciences, UNICAMP. Phytotherapy Research, August, 15
(5): 416-421, 2001.
• TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.
Sites da Internet:
http://pointer.ciagri.usp.br/trilhas/medicina/am13.htm
http://www.rain-tree.com/catuaba.htm
Po os caras estudam estudam e não sabem iformar como utilizar a catuaba fala serio.
ResponderExcluirpesquisei e ai está, 01 a 02 colheres de chá de pó de catuaba por dia. Pode ser adicionado ao suco, leite ou água.uma ajuda para que quer utilizar, mas pergunte antes ao seu médico se você tem algum problema!!!
ResponderExcluirMesmo sabendo-se que ela a catuaba não apresenta efeitos colaterais.