A Centáurea Menor é uma planta herbácea anual ou bianual, originária do norte da Europa, sudeste da Ásia e aclimatada na América. É descrita da seguinte forma pela Pharmacopéia dos Estados Unidos do Brasil 1ª Edição (1926): “A centaurea menor é uma pequena planta herbácea bi-anual, de 20 a 50 cm de altura, de caule quadrangular, ramoso, dicotômico no vértice, glabro, trazendo na base uma roseta de folhas radicais, obovais, curtamente pecioladas, que atingem a 4 cm de comprimento. As folhas caulinares espaçadas de 2 a 3 cm, são inteiras, sésseis, glabras, opostas, oblongas ou lineares agudas, de 2 a 5 cm de comprimento, de limbo luzidio percorrido por 3 a 5 nervuras longitudinais. A inflorescência é um cimo composto umbeliforme, formado de flores curtamente pediculadas. O cálice tubuloso, gamosépalo, de 5 divisões agudas, um pouco desiguais, de 5 a 7 mm de comprimento, envolve a corola infundibuliforme, de bela cor rósea de tubo duas vezes mais comprido do que o cálice, com 5 lobos lanceolados, obtusos, de 10 a 15 mm de comprimento. Os estames, em número de 5, possuem anteras que se contornam em espiral após a antese. Ovário súpero, cilíndrico; estilete com estigma bilobado. As flores mais antigas contêm uma cápsula cilíndrica, linear, mais comprida do que o cálice, quase bilocular, com numerosas sementes muito pequenas de cor pardo-avermelhada.
Seu cheiro é agradável, porém fraco; seu sabor é muito fraco.”
O nome botânico desta planta faz referência ao centauro Quíron, famoso conhecedor das virtudes das plantas, que segundo a lenda havia curado com esta planta uma ferida feita por uma flecha envenenada.
Nome Científico: Erythraea centaurium (L.) Persoon. Sinonímia: Centaurium umbellatum Gilib.; Centaurium erythraea Rafn.
Nome Popular: Centáurea Menor, Quebra-febre e Fel-da-terra, no Brasil; Centaura Menor e Hiel de la Tierra, em espanhol; Petite Centaureé, na França; Centaury ou Minor Centaury, em inglês; Centaurea Minore, na Itália; Tausendgüldenkraut, na Alemanha.
Denominação Homeopática: CENTAURIUM UMBELLATUM.
Família Botânica: Gentianaceae.
Parte Utilizada: Caule, folha e flor.
Princípios Ativos: Compostos Polifenólicos: são ácidos fenólicos livres ou combinados derivados do ácido benzóico e cinêmico; Princípios Amargos: genciopicrina, centaurosídeo, swerosídeo, swertiamarina (secoiridóides), centapicrina, eritrocentaurina
(derivados de ésteres); traços de Alcalóides: gencianina, gencianidina e gencioflavina; Fitosteróis: -sitosterol, estigmasterol, campesterol e brasicasterol; Ácidos Graxos; Flavonóides; traços de Óleo Essencial; Resina.
Indicações e Ações Farmacológicas: Internamente indicada como sedante, antianêmico, antipirético e nas dismenorréias. Externamente é recomendada nos processos dolorosos reumáticos, golpes e blefaroconjuntivites. Popularmente é empregada como eupéptico, tônico-amargo, colerético, antidiabético e antigripal.
Os secoiridóides, em especial a genciopicrina, pelas suas características amargas exercem um efeito estimulante das secreções salivares, hepatobiliares e pancreáticas (Peris J. et al., 1995). O extrato aquoso demonstrou experimentalmente em ratos efeito antipirético e antiinflamatório, provavelmente atibuído aos ácidos fenólicos e aos princípios amargos respectivamente. O efeito antiinflamatório foi calculado em 19% em comparação aos 45% demonstrado pela indometacina. As provas para a atividade analgésica foram negativas (Berkan T. et al., 1991). A swertiamarina e a genciopicrina têm demonstrado possuir propriedades antibacterianas em cultivo in vitro. (Barrero A. et al., 1995). A genciopicrina foi mencionada como antimalárico (Rahway N., 1989). A swertiamarina apresenta um metabólito de ação sedante no SNC após a sua metabolização no intestino (Risco M., 1996).
Toxicidade/Contra-indicações: No geral, em doses terapêuticas, esta planta tem uma boa tolerância. Os princípios amargos alteram o sabor do leite materno. Como toda a droga que contém alcalóide, recomenda-se um tratamento discontínuo e evitar o consumo durante a gravidez. Pode ser irritante para a pele para pessoas sensíveis (Ivie A. e Witzel D., 1983).
Dosagem e Modo de Usar:
• Infusão (a 3%): Tomar 2 a 3 xícaras ao dia, preferencialmente antes das refeições;
• Extrato Fluido (1:1): 2-4 ml diários, em 2-3 doses meia hora antes das refeições;
• Pó: Em cápsulas: 1-3 gramas diárias, dividindo as doses entre as principais refeições.
Referências Bibliográficas:
• ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 ( o qual cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ações
Farmacológicas/ Toxicidade e Contra-indicações).
• SCHAWENBERG, P.; PARIS, F. Guia de las Plantas Medicinales. Omega.
1980.
• ALBINO, R. Pharmacopéia dos Estados Unidos do Brasil. 1ª edição. 1926.
• COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia. 2ª edição. 1994.
• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.
Olá!
ResponderExcluirsó faltou a foto da erva!