A Dulcamara é um subarbusto trepador, sem gavinhas, enrolando-se nos seus próprios suportes, com folhas ovais, pontiagudas, verde-escuras e pecioladas; flores violáceas ou azuis, raramente brancas, florescendo de junho a setembro, organizadas em cimeira irregular, longamente pedunculada; cálice com 5 dentes curtos, 5 pétalas maculadas em forma de estrela; o fruto é uma baga ovóide, pequena e vermelha quando madura; raízes fibrosas, caule lenhoso na base e de ramos flexíveis. É acostumada ao clima subtropical, propagando-se por meio de sementes. É originária da Europa, sendo encontrada em lugares úmidos e serras. Pode medir de 1 a 3 metros de altura. Possui sabor doce e seguidamente amargo.
A planta é de longa data conhecida. Frutos secos de Solanum dulcamara foram encontrados numa gargantilha, no terceiro túmulo de Tutankhamon. Ela sempre foi considerada uma importante planta medicinal e tem uma longa história de uso para doenças de pele, verrugas, tumores, e inflamações dos finais das articulações e é considerada um substituto para a Salsaparrilha.
Nome Científico: Solanum dulcamara L.
Nome Popular: Dulcamara, Uva-de-cão, Erva-moura-de-trepa, Vinha-da-Índia, Vinha-da-Judéia, Vide-da-Judéia e Doce-amarga, no Brasil; Deadly Nightshade, Climbing Nightshade e European Nittersweet, em inglês; Dulcámara, em espanhol; Dulcamara, na Itália; Bittersüss e Bittersüsser Nachtschatten, na Alemanha; Bittersod Natskygge, na Suíça; Besksöta, na Suécia; Slyngsotvier, na Noruega.
Denominação Homeopática: DULCAMARA.
Família Botânica: Solanaceae.
Parte Utilizada: Folhas e talos.
Princípios Ativos: Glicoalcalóides: dulcina, solamarina, solamargina, dulcamarina, solanina; Saponinas Esteroidais; Resina.
Indicações e Ações Farmacológicas: A erva é usada medicinalmente, internamente como febrífugo e para doenças de pele, congestão bronquial, bronquite crônica, reumatismo, icterícia, colite ulcerativa, pneumonia e doenças venéreas. Externamente é usada em eczemas, urticária, psoríase e ulcerações cutâneas.
A decocção favorece as trocas metabólicas e tonifica o organismo, tanto do ponto de vista físico como psíquico. Abaixa a febre e tem efeitos diurético, expectorante, sedativo eanti-reumático. Topicamente é analgésico. As partes secas contêm saponinas-glúcidos neutros e glucoalcalóides esteróides (dulcina, dulcamarina), etc. Estes dois grupos de substâncias têm efeitos antimicrobianos.
Toxicidade/Contra-indicações: Na maioria dos casos as manifestações apresentadas pelo intoxicado são do tipo anticolinérgico: pele quente e seca, rubor de face, mucosas secas, midríase, alucinações e agitação psicomotora. Observam-se às vezes vômitos e cólicas abdominais e excepcionalmente distúrbios neurológicos compreendendo ansiedade, vertigens, câimbras musculares e convulsões tônico-clônicas. Todas as partes, em especial as folhas e as bagas verdes são tóxicas se ingeridas. É contra-indicado na gravidez, lactância e para crianças.
Dosagem e Modo de Usar:
· Uso Interno:
- Tintura (1:10): 25-50 gotas, uma a três vezes ao dia;
Referências Bibliográficas:
PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.
Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest do Brasil. 1ª edição.
1999.
SCHAWENBERG, P.; PARIS, F. Guia de las Plantas Medicinales. Omega.
1980.
SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.
Agradecida pela ideia do blog me ajudou muito. Faço tratamento homeopático e queria saber sobre os medicamentos e o blog foi fundamental.
ResponderExcluirParabéns!
Cau Ramalho