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terça-feira, 10 de março de 2009

Jurubeba



A Jurubeba é um arbusto, que chega até 3,5 metros de altura, pubescente muito freqüente de pastagens, terrenos baldios e beiras de estradas. É provida de ramos miudamente alvo-tomentosos mais ou menos armados de acúleos robustos, achatados e curvos.
As folhas são inteiras ou lobadas, variando de cinco a sete lóbulos. O ápice é agudo ou acuminado, a base é aguda-auriculada ou subcordiforme e de contorno suboblongo. São bicolores, de coloração verde-escura brilhante na face adaxial e branco-tomentosa na abaxial, página onde os pêlos são abundantes. Nas folhas das plantas jovens são encontrados pêlos em ambas as faces.
As flores são dispostas em subcorimbos terminais e que apresentam pedúnculos e pedicelos cobertos por indumento branco. As flores são pentâmeras, diclamídeas e hermafroditas.
O fruto é uma baga globosa que mede cerca de um centímetro de diâmetro de coloração amarela, provida de sementes oblíquo-ovais e triangulares.
A Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil 2ª edição (1959) caracteriza a raiz e o caule da Jurubeba como as partes utilizadas na terapêutica. Assim a droga vegetal apresenta raiz em pedaços tortuosos, mostrando um diâmetro de até três centímetros, com uma superfície rugosa, cinzento-pardacenta clara, suja, levemente sulcada longitudinalmente e com algumas fendas transversais e várias radículas ou cicatrizes deixadas pela sua queda. A secção transversal apresenta uma casca estreita e um lenho muito desenvolvido estriado radialmente e com centro de cor branco-amarelada. Já os pedaços de caule são muito semelhantes aos da raiz, diferindo-se pelo diâmetro das secções transversais que podem atingir até 8 centímetros; pelo formato dos pedaços pois estes não são tortuosos; pela superfície da casca ser menos sulcada longitudinalmente, mostrando numerosas lenticelas em forma de pequenas verrugas achatadas; pelo aparecimento de tecido clorofiliano de cor verde; pela medula ser bem desenvolvida.
A droga é inodora e de sabor amargo.
Porém em outras obras (ver referências bibliográficas) especificam outras partes da Jurubeba como as folhas, frutos e partes aéreas.

Nome Científico: Solanum paniculatum L. Sinonímia: Solanum jubeba Vell.; Solanum altera Piso; Solanum manaelli Moricand.

Nome Popular: Jurubeba, Jurumbeba, Jurubebinha, Juribeba, Juripeba, Jurepeba, Jubeba, Jupeba, Jurubeba-do-Pará, Juvena, Juveva, Jurubena, Jurupetinga, Juuna, Joa-tica, Jumbeba, Urumbeba e Jurubeba-verdadeira, em português; Friega Platos, em Cuba.

Denominação Homeopática: SOLANUM PANICULATUM.

Família Botânica: Solanaceae.

Parte Utilizada: Caule, folha, raiz, partes aéreas.

Princípios Ativos: Princípio Amargo: jurubilina; Alcalóides: isojurubidina, isojurupidina, isopaniculidina, paniculonina A, paniculonina B; Saponinas: jurubina e paniculina.

Indicações e Ações Farmacológicas: A Jurubeba tem como uso terapêutico: colagogo, colerético, carminativo, antiinflamatório, digestivo, emenagogo, diurético, hepatoprotetor, tônico e febrífugo. É empregado na inapetência, na atonia gástrica, na debilidade, nas infecções fígado.

Toxicidade/Contra-indicações: Não há referências nas literaturas consultadas.

Dosagem e Modo de Usar: A Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil 1ª edição (1926) cita o Extrato de Jurubeba, Extrato Fluido de Jurubeba e Tintura de Jurubeba como emprego oficinal.
Coimbra (ver referência bibliográfica) cita as seguintes preparações feitas das raízes da Jurubeba em sua obra:
Infusão ou Decocção a 2%: de 50 a 200 cc por dia;
Pó: de 1 a 4 gramas por dia;
Extrato Fluido: de 1 a 4 cc por dia.

Referências Bibliográficas:
ALBINO, R. Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil. 1ª edição. 1926.

Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil. 2ª edição. 1959.

CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.

COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia. 2ª edição. Cejup. 1994.

OLIVEIRA, F.; AKISUE, G. Fundamentos de Farmacobotânica. 2ª edição. Ed.
Atheneu. 1997.

OLIVEIRA, F.; AKISUE, G.; AKISUE, M. K. Farmacognosia. 1ª edição.
1996.


SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

Site da Internet:
www.rain-tree.com/jurubeba

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