Louro

O Loureiro é uma árvore oriunda do Mediterrâneo a qual foi introduzida nas regiões subtropicais do continente americano e que por ventura se adaptou muito bem. Na Grécia foi dedicado a Apolo, que coroava os heróis gloriosos. É muito popular em nosso país, sendo suas folhas empregadas no preparo da famosa feijoada, como tempero.
Mede de 2 a 10 metros de altura, apresentando o caule glabro, de casca lisa e preta, madeira amarelo-pálida e ramos eretos. As folhas são verde-escura, brilhantes na face superior, coriáceas, lanceoladas, onduladas nos bordos, alternas e persistentes. As flores são branco-amareladas, dispostas de 4 a 6 em umbela na axila das folhas. O fruto é uma baga do tamanho de uma cereja que contém em seu interior uma semente.

Nome Científico: Laurus nobilis L. Sinonímia: Laurus angusta Raf.; Laurus salicifolia Hort. ex Nees; Laurus tenuifolia Mill.; Laurus undulata Mill.; Laurus vulgaris Bauh.

Nome Popular: Louro, Loureiro e Sempre Verde, em português; Edler Lorbeer, na Alemanha e Lorbeerbaum, na Alemanha; Laurbärträ, na Dinamarca; Laurel, Laurel Común, Laurel de España, Laurel Noble e Laurel Real, em espanhol; Laurier, Laurier à Jambon, Laurier d’ Apollon, Laurier des Cuisines, Laurier des Poètes, Laurier Noble e Laurier-Sauce, na França; Laurierboom, na Holanda; Bay-tree, Laurel Tree e Sweet-Bay, em inglês; Alloro e Lauro, na Itália; Bobek Drzewo, na Polônia; Lagerräbsträd, na Suécia.

Denominação Homeopática: LAURUS NOBILIS.

Família Botânica: Lauraceae.

Parte Utilizada: Folha.

Princípios Ativos: Óleo Essencial: cineol e eugenol; Lactonas Sesquiterpênicas; Taninos; Alcalóides Isoquinolínicos: incluindo entre outros a reticulina.




Indicações e Ações Farmacológicas: O Louro é indicado na anorexia, nas dispepsias, nos espasmos gastrintestinais, na bronquite crônica, enfisema e asma. Topicamente é aplicado na estomatite, faringite e sinusite.
O óleo essencial produz um efeito anti-séptico, expectorante, carminativo e antiespasmódico. As lactonas sesquiterpênicas apresentam propriedades que estimulam o apetite, é digestiva e colagoga. O óleo essencial em uso tópico exerce efeito rubefasciente.

Toxicidade/Contra-indicações: O óleo essencial e os traços de alcalóides podem exercer uma ação tóxica sobre o sistema nervoso. O maior perigo reside na confusão que se faz com o Loureiro-cereja, que é uma espécie tóxica, por possuir heterosídeos cianogênicos. Devido à presença das lactonas e dos taninos, as infusões concentradas podem produzir uma irritação da mucosa gástrica.
Recomenda-se não administrar óleos essenciais por via interna durante a gravidez, a lactação, para crianças menores de seis anos ou a pacientes com gastrite, úlceras gastroduodenais, colite ulcerosa, síndrome de Crohn, hepatopatias, epilepsia, Parkinson, outra enfermidade neurológica e por último não aplicar topicamente o óleo essencial em menores de seis anos de idade e muito menos em pessoas com alergias respiratórias ou alergia conhecida a este ou outro óleo essencial.

Dosagem e Modo de Usar:
Uso Interno:
- Infusão: 3 ou 4 folhas por xícara. Infundir por 10 minutos. Tomar duas ou três xícaras ao dia antes ou depois das refeições;
- Óleo Essencial: 2 a 4 gotas, duas vezes ao dia;
- Uso Alimentar.

Uso Tópico:
- Decocção: 5 folhas por xícara, ferver durante 3minutos. Empregar sob a forma de colutórios ou compressas na testa nos casos de sinusite.

Referências Bibliográficas:
PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª edição. 1998.

SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest do Brasil. 1ª edição.
1999.

PDR for Herbal Medicines. 1st editon. Medical Economics. 1998.