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segunda-feira, 30 de março de 2009

Malva



Também conhecida na Índia como Bala ou Kangi, esta espécie é um arbusto que chega medir 1,60 metros. Apresenta as folhas pecioladas, cordiformes, estipuladas, bi-serreadas e tomentosas. As flores são amarelas ou alaranjadas, de uma só cor, dispostas em racemos axilares ou terminais. Apresenta carpídio amarelo-pálido, aristado. Possui sementes cinzento-escuras e sulcadas. É encontrada no Brasil nas restingas e floresce o ano todo.

Nome Científico: Sida cordifolia L. Sinonímia: Sida africana Beauv.; Sida althaefolia Sw.; Sida byssina Schrank; Sida conferta Lk.; Sida herbacea Cav.; Sida maculata Cav.; Sida micans Cav.; Sida pellita H.B.K.; Sida portoricensis Spr.; Sida pungens H.B.K.; Sida rotundifolia Lam.; Sida suberosa L’ Herit; Sida tomentosa Vell.; Sida vellutina Schrank.; Sida vellutina Willd.

Nome Popular: Malva, Malva Branca e Vassourinha-alegre, no Brasil; Bala e Kangi, na Índia; Ren, na Arábia; Shirobana-gojikwa, no Japão.

Família Botânica: Malvaceae.

Parte Utilizada: Folha e caule.

Princípios Ativos: Alcalóides; Aminoácidos; Açúcares e Glicosídeos; Óleos Fixos e Gordos; Terpenos; Saponinas; Esteróides.

Indicações e Ações Farmacológicas: Em sistemas tradicionais de medicina, a Malva é utilizada para o tratamento nas desordens hepáticas e reumatismo. A droga possui propriedades adstringentes, diurética e tônica, além do emprego nas doenças urinárias, ciática, paralisia facial e leucorréia.
Um estudo realizado na Universidade de Baroda, na Índia, em 1997, avaliou a atividade antihepatotóxica desta espécie frente aos efeitos proporcionados pelo tetracloreto de carbono (CCl4), paracetamol e rifampicina em modelos de indução de hepatotoxicidade em ratos, sendo o método e os resultados descritos da seguinte forma:
Material e Preparação dos Extratos: A planta inteira de S. cordifolia foi coletada durante a época de chuvas no campus da Faculdade de Tecnologia e Engenharia da Universidade de Baroda, Vadoara, Índia. A planta foi seca, pulverizada e extraída por Soxlhet sucessivamente com metanol e água. Um extrato aquoso total foi preparado por um método de decocção. Todos estes extratos foram secos por um evaporador rotatório até 50ºC. Estes extratos e a droga pulverizada (120 mesh) foram utilizados nos ensaios biológicos.
Animais: Ratos albinos (150-200 g) de ambos os sexos mantidos sob certas condições ambientais (23  2º C , 55  10% de umidade relativa, 12 h com ciclo de iluminação, claro e escuro).

Análise das Funções Hepáticas: São avaliados alguns parâmetros bioquímicos: níveis séricos da transaminase glutâmica oxaloacética (SGOT), níveis séricos transaminase glutâmica pirúvica (SGPT), fosfatase alcalina (ALKP), bilirrubina total (T Bil) e bilirrubina direta (D Bil).

Como conclusão deste trabalho publicado tem-se que o pó e os três extratos feitos da planta toda testados de Sida cordifolia foram encontrados praticamente nenhuma toxicidade quando administrados oralmente em ratos.
O extrato metanólico contra CCl4, o extrato aquoso contra o paracetamol e extrato aquoso contra rifampicina mostraram máxima atividade antihepatotóxica. A atividade das amostras testada foi comparada com a silimarina usada como droga padrão.

Toxicidade e Contra-indicações: A DL50 foi calculada maior que 10g/kg, via oral em ratos.

Dosagem e Modo de Usar: Não foram encontradas referências nas literaturas consultadas.

Referência Bibliográfica:
• RAO, K.S.; MISHRA, S.H.; Antihepatotoxic activity of Sida cordifolia whole
plant. Fitoterapia; nº1; 1998; volume LXIX; páginas: 20, 21, 22 e 23.

• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.

Um comentário:

  1. relatos de que as sementes d planta possui tanta efedrina que pode ser toxica confere ?

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