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terça-feira, 10 de março de 2009

Carvalho



Esta árvore é utilizada para fins medicinais desde os tempos remotos, sendo considerada sagrada pelos antigos druidas e consagrado a Thor, o deus do trovão, que segundo a crença nenhum Carvalho seria atingido por um raio. Era utilizado na Roma antiga para coroar os cidadãos como reconhecimento aos seus méritos.
É uma árvore grande, de caule reto e cilíndrico, medindo entre 35 e 40 metros de altura. Sua casca é de cor cinzento-acastanhada, escurecendo com a idade e com fendas limitando escamas quadradas. As folhas são alternas, subsésseis, oblongas, pinati-fendidas, ou sinuado-lobadas e com segmentos obtusos, membranosas, glabras na duas páginas. As flores são monóicas, dividindo-se em amentos masculinos finos, frouxos, interruptos, amarelo-esverdeados, com uma flor na axila de cada bráctea e em flores femininas dispostas em espigas, onde cada flor é acompanhada por uma cúpula que se desenvolve durante a floração. O fruto é uma glande de dois a quatro centímetros e comprimento e dois a três centímetros de diâmetro, encerrada numa cúpula escamosa.

Nome Científico: Quercus robur L. Sinonímia: Quercus abietum Kotschy; Quercus aesculus Boiss.; Quercus aestivalis Stev.; Quercus afghanistanensis Hort. ex C. Koch.; Quercus altissima Hort. ex Petz. et Kirchn.; Quercus amplifolia Guss.; Quercus apennina Lam.; Quercus aspera Bosc.; Quercus asperata Pers.; Quercus atropurpurea Hort. ex C. Koch; Quercus atrosanguinea Hort.; Quercus atro-virens Sm.; Quercus aurea Hort. ex C.Koch.; Quercus aurea Kit. ex Rchb.; Quercus australis Kern.; Quercus auzin Secondat ex Bosc.; Quercus axillaris Schur; Quercus brachycarpa Guss. ex Parl.; Quercus brachyphylla Kotschy; Quercus brevifolia kotschy ex A.DC.; Quercus brevipes A. Kern.; Quercus brutia Tem.; Quercus cedrorum Kotschy; Quercus cerrioides Willk. et Costa; Quercus cerris Pall.; Quercus collina Schleich. ex Endl.; Quercus comptoniaefolia Hort. ex C.Koch; Quercus concordia Hort. ex C.Koch; Quercus condensata Schur; Quercus congesta J.Presl.; Quercus conglomerata Pers.; Quercus coriacea Bechst.; Quercus coronensis Schur.; Quercus crispa Vuk.; Quercus crispata Stev.; Quercus cuspaniana Guss.; Quercus cuprea Hort. ex. C.Koch.; Quercus cupressoides Hort.; Quercus cupulatus Gilib.; Quercus cylindraceae Guss. ex Parl.; Quercus dalechampii Ten.; Quercus decipiens Bechst.; Quercus dilatata J. Kern.; Quercus dissecta Hort. ex C.Koch.; Quercus dshorochensis C.Koch; Quercus erucaefolia Stev.; Quercus esculus L.; Quercus extensa Schur.; Quercus faginea Ten.; Quercus falkenbergensis Booth ex. Loud.; Quercus fastigiata Lam.; Quercus fennessi Hort. ex. A.DC.; Quercus filicifolia Hort. ex A.DC.; Quercus filipendula Vuk.; Quercus foemina Mill.; Quercus fructipendula Schrank; Quercus geltowiensis Hort. ex C.Koch; Quercus germanica Lasch; Quercus haas Kotschy; Quercus hartwissiana Stev.; Quercus hentzei Petz.; Quercus hispanica Willk.; Quercus hodginsii Lodd.; Quercus humilis Mill.; Quercus hybrida Bechst.; Quercus hyemalis Stev.; Quercus hypochrysa Stev.; Quercus iberica M. Bieb.; Quercus ibicis Kotschy ex A.DC.; Quercus intermedia Boenn. ex Rchb.; Quercus laciniosa Bor.; Quercus lamprophyllus C.Koch; Quercus lanuginosa Thuill.; Quercus lasistan Kotschy ex A.DC.; Quercus longaeva Salisb.; Quercus longifolia C.Koch; Quercus longipes Stev.; Quercus longipetiolata Schur; Quercus macrostipulata Guss. ex Parl.; Quercus malacophylla Schur; Quercus mannifera Lindl.; Quercus mespilifolia Wallr.; Quercus microbalanos Bor.; Quercus microcarpa Lapeyr.; Quercus nigricans Hort. ex C.Koch; Quercus paleacea Desv.; Quercus pallida Heuff.; Quercus parmenteria Hort. ex Mutel; Quercus pectinata Hort. ex C.Koch; Quercus pedemontana Colla; Quercus pedunculata Ehrh.; Quercus pedunculiflora C.Koch; Quercus pendula Lodd.; Quercus pendulina Kit.; Quercus petiolata Schur; Quercus pinnatifida C.C.Gmel.; Quercus pinnatifida Vuk.; Quercus pinnatiloba C.Koch; Quercus polycarpa Schur; Quercus pseudo-aegilopis Petz.; Quercus pseudo-dchorochensis Boiss.; Quercus pseudo-peduncula Vuk.; Quercus sessilis Schur; Quercus pseudo-tscharakensis Kotschy ex A.DC.; Quercus pubescens Willd.; Quercus pulverulenta Hort. ex C.Koch; Quercus purpurea Lodd. ex Loud.; Quercus pyramidalis C.C.Gmel.; Quercus pyrenaica Stev.; Quercus racemosa Lam.; Quercus regalis Burret ex Endl.; Quercus rosacea Bechst.; Quercus rubens Petz. et Kirchn.; Quercus rumelica Griseb. et Schenck; Quercus salicifolia Hort. ex Steud.; Quercus scolopendrifolia Hort. ex C.Koch; Quercus sessilis Ehrh.; Quercus sphaerocarpa Vuk.; Quercus streimeri Heuff. ex Freyn; Quercus subalpina Kotschy ex A.DC.; Quercus sublobata Kit.; Quercus subvelutina Schur; Quercus syspirensis C.Koch; Quercus tardiflora Czern. ex Stev.; Quercus tennesi Hort. ex Wesm.; Quercus thomasii Ten.; Quercus tomentosa Ehrh. ex A.DC.; Quercus tommasini Kotschy ex Vis.; Quercus toza Griseb.; Quercus tricolor Hort. ex Petz. et Kirchn.; Quercus turbinata Kit.; Quercus undulata Kit.; Quercus viminalis Bosc.; Quercus virgata Martr.; Quercus virgiliana Ten.; Quercus vulcanica Boiss. ex Kotschy; Quercus welandii Simonk.

Nome Popular: Carvalho, Carvalho-comum, Carvalho-preto, Roble, Carvalho-alvarinho, Carvalho da Europa e Carvalheira, em português; Eiche, na Alemanha; Roble, Roble Albar, Roble Pedunculado e Carballo, em espanhol; Chêne Rouvre, na França; Eike e Eikeboom, na Holanda; Oak, em inglês; Quercia, na Itália; Dab, na Polônia; Ek, na Suécia.

Denominação Homeopática: QUERCUS.

Família Botânica: Fagaceae.

Parte Utilizada: Casca e lenho.

Princípios Ativos: Taninos: presentes na casca numa porcentagem de 10-20%, sob a forma de ácido quercitânico na maior parte; Ácido Gálico (2-4%); Ácido Elágico; Quercitrina (princípio amargo presente na casca e nas folhas); Quercetol; Catecóis; Protoantocianidinas.

Indicações e Ações Farmacológicas: O Carvalho é indicado na gastroenterocolite; nas hemorragias: capilares, gástricas, nasais, uterinas, metrorragias e dismenorréias; nas afecções urinárias: uretrites, urolitíases e na incontinência urinária. Externamente é aplicada nas queimaduras, nos eczemas, nas estomatites, nas parodontopatias, nas faringites, nas amidalites, nas vulvovaginites, nas feridas, nas ulcerações dérmicas, nas fissuras anais, nas hemorróidas, nas blefarites e nas conjuntivites.
Os extratos da casca têm evidenciado uma atividade diurética, antibacteriana e favorecedora da eliminação dos cálculos urinários (Mandana A. e Gausa P., 1980). O alto teor de taninos confere propriedades adstringentes úteis nas feridas hemorrágicas e diarréias (Ríos Cañavate J., 1995).
Toxicidade/Contra-indicações: A alta proporção de taninos podem ocasionar uma irritação gástrica, estados de náuseas e vômito. Recomenda-se não ingerir por mais de quatro semana. É contra-indicado o uso durante tratamentos com pectina, alcalóides ou sais de ferro.
Dosagem e Modo de Usar:
• Uso Interno:
- Pó: 3 gramas ao dia, em cápsulas de 500 mg;
- Extrato Fluido (1:1): 20-50 gotas, duas outrês vezes ao dia;
• Uso Externo:
- Decocção: 60-80 g/l, ferver por dez minutos. Aplicar sob a forma de compressas, colutórios, gargarejos ou irrigações vaginais.
Referências Bibliográficas:
• ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 ( o qual cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ações
Farmacológicas/ Toxicidade e Contra-indicações).

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

• Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest do Brasil. 1ª edição.
1999.

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