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terça-feira, 10 de março de 2009

Carvão Vegetal Ativado


O Carvão Vegetal Ativado é o produto obtido da combustão incompleta das plantas lenhosas. A principal característica do Carvão Vegetal está na sua alta capacidade adsortiva, a qual está relacionada com a sua grande área superficial e sendo portanto de muita utilidade em variados processos. Adsorção pode ser definida como um processo no qual as moléculas fluidas são concentradas na superfície por forças químicas ou por ambas.
Pode-se apresentar sob a forma em pó ou granulado. O Carvão Vegetal pulverizado apresenta como tamanho predominante menor que a malha 80 mesh. A Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil 2ª edição (1959) o define como um pó preto, fino, inodoro, insípido e isento de partículas arenosas.


Principais Utilidades do Carvão Vegetal Ativado:
• Utilidade Farmacêutica: Muito empregado na fabricação de antibióticos e anestésicos, dentre outros. Os insumos são purificados por descoramento, descontaminação e separação.
• Utilidade Química: É amplo o emprego na indústria química, participando de processos nos mais variados segmentos, como a purificação de plásticos, ácidos e glicerinas.
• Tratamento da Água: A purificação da água é uma das grandes utilidades do Carvão Vegetal, eliminando a cor, o odor, o mau gosto, além da remoção das substâncias orgânicas.
• Utilidade na Indústria Alimentícia: Empregado na purificação de óleos, clarificação de glicose, açúcar e gelatinas, por exemplo.
• Tratamento do Ar: O Carvão Vegetal remove os contaminantes do ar, estando presente em máscaras de proteção e em filtros industriais.
• Tratamento de Efluentes: É aplicado em efluentes líquidos industriais, eliminando-se possíveis substâncias contaminantes que estão presentes nos efluentes, como por exemplo o mercúrio.

O Carvão Ativado em pó é geralmente mais indicado em aplicações em fase líquida, nos processos contínuos e descontínuos. A dosagem do pó é feita diretamente nos tanques, com agitação para manter o pó em suspensão com o líquido a tratar, ocorrendo a adsorção, sendo depois separado do líquido por centrifugação, filtração ou decantação ou ambos. Pode ser colocado diretamente em filtros.
Antigamente o carvão vegetal era empregado principalmente no curativo de úlceras gangrenosas e como dentifrício. Além disso pode ser empregado nos envenenamentos pelo fósforo, por cogumelos, pela estricnina, pelo arsênico, pelas cantáridas, etc.

Denominação Homeopática: CARBO VEGETABILIS.

Sinonímias: Carbo ligni, Carbo ligni betulae, Carbo ligni officinalis.

Aplicações na Homeopatia: Muito empregado em sintomas de agonia: no último período de qualquer moléstia, com face hipocrática, pele fria, suor frio e copioso, hálito frio, língua fria e voz apagada. Bronquite crônica dos idosos. Queda de cabelos depois do parto ou de uma moléstia grave. Tosse espasmódica depois da coqueluche. Hemorragia de qualquer superfície mucosa. Nas dispepsias.

Perigos de Incêndio e Explosão: Extingue-se por água. Os perigos incomuns de explosão e incêndio estão relacionados com os contatos com oxidantes fortes tais como ozônio, oxigênio líquido, permanganato, entre outro, com o perigo da promoção de incêndio, tendo uma possível produção de monóxido de carbono.

Perigo à Saúde: Não é tóxico ao se ingerir oralmente. Pode promover a irritação dos olhos, devendo-se neste caso promover a lavagem com bastante água durante no mínimo quinze minutos. Não se mostra irritante ao entrar em contato com a pele, devendo-se lavar com água e sabão.

Armazenamento: É recomendado manter o produto em local ventilado e a utilização de máscaras com fornecimento de oxigênio, já que o Carbono Ativado úmido remove o oxigênio do ar podendo promover sérios riscos às pessoas que o manuseiem dentro de espaços fechados ou confinados.

Referências Bibliográficas:
• CHERNOVIZ, P. L. N. A Grande Farmacopéia Brasileira. Editora Itatiaia. 1º
volume 1996.

• MATTOSON, J. S.; MARK JR., H. B. Activated Carbon, Marcel Dekker
INC, New York, 1971.

• CHEREMISNINOFF- Carbon Adsorption Handbook.

• Gregg and Sing – Adsoption Handbook.

• FARMACOPÉIA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL 2ª edição, 1959.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

• CAIRO, N. Guia de Medicina Homeopática. 21ª edição. Livraria Teixeira. 1983.

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