A origem desta planta é desconhecida mas vem sendo consumida desde os tempos do Neolítico. É tradicionalmente utilizada como nutritivo, porém experiências recentes confirmam que é um tônico dos nervos.
É uma planta herbácea anual, de colmos eretos, chegando até 1 metro de altura. As folhas são planas, largamente lineares, um pouco ásperas e com lígula curta, laciniada e ciliada. Possui espiguetas grossas, bifloras, com flores inferiores aristadas, dispostas em panículas piramidais, grandes, ramosas, abertas em todos os sentidos e protegidas por duas glumas, uma superior e outra inferior. O fruto é uma cariopse quase cilíndrico e agudo nas extremidades.
Possui grande valor econômico e extensa cultura, utilizando-se principalmente seus frutos, vulgarmente chamados de sementes ou grãos, que inteiros ou reduzidos a farinha constituem magnífico alimento para cavalos, carneiros e vacas leiteiras, além de constituir de alimento para crianças, como o mingau de Aveia.
Nome Científico: Avena sativa L. Sinonímia: Avena anglica Hort. ex M.Roem. et Schult.; Avena cinerea Auct. ex M. Roem. et Schult.; Avena dispermis Mill.; Avena flava Hort. ex M.Roem. et Schult.; Avena fusca Ard.; Avena georgiana M.Roem. et Schult.; Avena georgica Zuccagni; Avena hispanica Ard.; Avena podolica Pascal. ex Zuccagni; Avena rubra Zuccagni; Avena vulgaris Bauh.
Nome Popular: Aveia, Aveia Comum e Aveia Branca, em português; Avena, em espanhol; Hafer e Hafermehl, na Alemanha; Avoine, Avoine Cultiveé, na França; Haver, na Holanda; Common Oat e Oat, em inglês; Avena e Vena, na Itália; Owies, na Polônia.
Denominação Homeopática: AVENA SATIVA.
Família Botânica: Gramineae.
Parte Utilizada: Fruto (“semente”).
Princípios Ativos: Amido; Lipídeos (5%); Celulose; Sais Minerais: manganês (8,5 mg/kg), ferro (35 mg/kg), zinco (19 mg/kg); Flavonas; Vitaminas: A, B1, B2, PP, traços de E e D; Fitosteróis (no endosperma).
Indicações e Ações Farmacológicas:
É indicada ne anemia e na convalescência; na prisão de ventre; como diurético, útil nas afecções genitourinárias, tais como: cistite, ureterite, uretrite, pielonefrite, oligúria e urolitíase; na hipertensão arterial e no tratamento de estados de sobrepeso com retenção de líquidos. Topicamente é aplicada sobre peles secas.
Em Homeopatia é utilizada como um excelente remédio para todos os casos de depressão nervosa e debilidade geral, entre outras aplicações.
Os frutos proporcionam atividade remineralizante, vitamínica, diurética e laxante. A fração coloidal extraída dos frutos é demulcente.
Toxicidade/Contra-indicações:
O uso de diuréticos por pacientes que são acometidos de hipertensão ou cardiopatas só deve ser feita por meio de prescrição médica devido a possibilidade do aparecimento de uma descompensação tensional ou ocorrer uma eliminação de potássio considerável, ocasionando numa potenciação dos efeitos dos cardiotônicos.
Não foram encontradas referências nas literaturas consultadas com relação à contra-indicações.
Dosagem e Modo de Usar:
Uso Interno:
- Decocção: Uma colher de sobremesa por xícara. Ferver durante 5 minutos. Tomar três xícaras ao dia;
- Extrato Fluido (1:1, em álcool a 25º): 15 a 30 gotas, três vezes ao dia;
- Tintura (1:10): 20 a 60 gotas, três vezes ao dia
Uso Externo:
- Decocção dos frutos: 20 g/l, ferver durante 30 minutos e aplicar sob a forma de cataplasmas;
- Extrato coloidal de Aveia a 10%: Em cremes, géis e sabonetes.
Referência Bibliográfica:
PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª edição. 1998.
CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
CAIRO, N. Guia de Medicina Homeopática. 1983.
POULIN, M; ROBBINS, C. A Farmácia Natural. 1992.
SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos. Livraria Editora. 2000.
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