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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Guaraná



Arbusto trepador ou subereto, originário da Amazônia brasileira e venezuelana e Guianas, o Guaraná possui uma casca muito escura; folhas compostas, alternas, grandes, recortadas e com gravinhas; flores brancas e pequenas, em forma de cacho como as da videira. Das sementes é feita a droga vegetal, a qual é descrita nas três primeiras edições da Farmacopéia Brasileira, sendo descrita da seguinte forma em sua 1ª edição (1926):
“ A semente do guaraná é globulosa ou elipsóide, de 6 a 8 mm de diâmtero, desigualmente convexa dos dois lados, às vezes encimada por um curto apículo, glabra, luzidia, de cor pardo-purpurina ou pardo-negra e apresenta um largo hilo que é guarnecido de um arilo carnoso, membranoso e esbranquiçado, que é retirado na ocasião da dessecação da semente. O embrião, desprovido de albume, possui uma curta radícula ínfera e espessos cotilédones, desiguais, carnosos, firmes e plano-convexos.
A pasta apresenta-se geralmente sob a forma de cilindros duros, de cerca de 3 a 5 cm de diâmetro e de 10 a 30 cm de comprimento, de cor pardo-avermelhada escura externamente; sua fratura é desigual e levemente luzidia, com fissuras no centro; internamente é de cor pardo-avermelhada clara e apresenta fragmentos mais ou menos grossos das sementes e às vezes seus tegumentos pardo-negros.”
Seu cheiro é pouco perceptível e seu sabor fracamente adstringente e amargo, o qual lembra um pouco o cacau.”
Segundo a Farmacopéia Brasileira 3ª Edição (1977) existem duas variedades de Guaraná que são utilizadas em Farmácia: Paullinia cupana H.B.K variedade typica, do alto do Rio Negro, e Paullinia cupana. variedade sorbilis (Mart.), vegetando no baixo Amazonas, município amazonense de Maués. A diferença está no tamanho: os frutos da Paullinia cupana H.B.K. variedade typica são maiores que os da Paullinia cupana variedade sorbilis.
A produção e comercialização do Guaraná no Brasil são regulamentadas pelo Ministério da Agricultura (Portaria 70/82). Além do doseamento da cafeína é necessário também a caracterização de amido e taninos, pela presença de catequina em uma análise do Guaraná, já que a droga é muitas vezes adulterada ou substituída por outros produtos, como serragem e borra de café.
O “pão” ou “pasta” de Guaraná que se encontra no comércio é obtido separando-se as sementes dos frutos colhidos maduros, privando-se as sementes dos seus arilos, que em seguida são torradas em fornos moderadamente aquecidos, para assim facilitar a eliminação dos tegumentos por atrito e clivagem. Trituram-se depois as amêndoas obtidas, molda-se a massa da forma desejada e por fim secam-se em estufas.
É uma planta sagrada para os índios. Quando em guerra levavam junto sementes as quais eram mastigadas para aumentar a vitalidade.
Nome Científico: Paullinia cupana H.B.K. variedade typica e Paullinia cupana H.B.K. variedade sorbilis (Mart.).
Nome Popular: Guaraná, Varaná, Paulinia, Cupana, Naranazeiro, Guaraná-uva, Uaraná e Guaranazeiro, no Brasil; Guarana, na França; Brazilian Cocoa, Guarana Bread e Paullinia, em inglês; Guaranà, na Itália; Cupana, no México; Guaraná, Cupana e Yocco, na Colômbia e na Venezuela; Guaraná, na Espanha.
Denominação Homeopática: GUARANA.
Família Botânica: Sapindaceae.
Parte Utilizada: Semente.
Princípios Ativos: Xantinas: cafeína (3-5%), traços de teobromina (0,02-0,03%), teofilina (0,025%) e guranina (4,7%); Saponinas; Colina; Resina; traços e Óleo Essencial; Mucilagens; Taninos catéquicos; Catequina; Flavonóides: catecol e epicatecol; Sais Minerais: cálcio, ferro, fósforo, magnésio e potássio.
Indicações e Ação Farmacológica: O Guaraná é indicado na astenia, depressão nervosa, favorece a atividade intelectual, dispepsias, flatulências, fermentações anormais e diarréia, prevenção da arterioesclerose, tromboembolismo e cefaléias. Em Homeopatia é indicado nas cefaléias, disenteria e hemorróidas.
As xantinas presentes no Guaraná são estimulantes do sistema nervoso central, onde dentre elas a cafeína é a de ação mais potente. Ao nível cortical, doses terapêuticas de 150-300 mg de cafeína, produzem um estímulo das funções psíquicas, promovendo um estado de alerta ao indivíduo, melhor associação das idéias e das atividades intelectuais, maior resistência ao cansaço e uma sensação de bem-estar. Doses mais altas podem responder aos efeitos dos barbitúricos. Ao nível bulbar, a cafeína estimula os centros localizados no bulbo, especialmente o centro respiratório. Sobre os brônquios e os bronquíolos, as xantinas produzem relaxamento da musculatura lisa. Ao nível cardiovascular são estimulantes, sendo a teofilina a que maior exerce efeito e incrementa os batimentos cardíacos. Ao nível digestivo, todas as xantinas irritam a mucosa gástrica, podendo ocasionar náuseas e vômitos. Ao nível renal exerce uma ação diurética.
Os taninos, em especial o catecol, conferem propriedades adstringentes úteis no caso de diarréia (Marx F. e Maia J.,1990). Os extratos aquosos de Guaraná por via oral e parenteral têm demonstrado inibição da agregação plaquetária (37%) e redução da síntese de tromboxano (78%) tanto in vitro como in vivo. Estas ações demonstraram efeitos superiores aos já demonstrados pelas xantinas desse mesmo extrato, que alcançaram 31 e 50% respectivamente (Bydolwski S., 1988).
Toxicidade/Contra-indicações: Recomenda-se não associar a outras drogas com xantinas (Café e Erva Mate, por exemplo), pois o efeito estimulante pode ser potencializado. É recomendado também o uso descontínuo da droga. Os extratos de Guaraná são ictiotóxicos.
Insônia, nervosismo, taquicardia, ansiedade, são entre outros os efeitos secundários percebidos pela ingetsão de Guaraná. O efeito excitante sobre o SNC é mais intenso e duradouro que o provocado pelo Café e em muitos casos simula quadros de crises de hipertiroidismo. Por sua vez, o consumo habitual na forma de bebida ou mastigatórconsiste um problema social no Brasil especialmente pelo alto conteúdo de taninos que diminuem a absorção de proteínas (desnutrindo o indivíduo) e aumenta o perigo de carcinogênese (Morton J., 1992).
É contra-indicado em estados de ansiedade, hipertireoidismo, hipertensão, arritmias, taquicardia, gastrite e síndrome do cólon irritável.
Dosagem e Modo de Usar:
· Extrato Fluido (1:1): 25 a 50 gotas, uma a três vezes ao dia;
· Tintura (1:10): 50 a 100 gotas, uma a três vezes ao dia;
· Extrato Seco (5:1): 100 mg, pelas manhãs;
· Pó: 0,5 a 2 gramas ao dia;
· Xarope (3% do Extrato Fluido): Uma a três colheres de sopa ao dia.
· Homeopatia: Tintura-mãe.
Referências Bibliográficas:
¨ PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª edição.
1998.
¨ ALBINO, R. Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil. 1ª edição. 1926.
¨ FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 3ª edição. 1977.
¨ CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
¨ COSTA, A. F. Farmacognosia. volume 1. Lisboa. Fundação Gulbenkian Calouste
1994.
¨ SIMÕES, C. M. O. Farmacognosia da Planta ao Medicamento. 1ª edição. Editora
da Universidade.
¨ ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 (obra que cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ação
Farmacológica/ Toxicidade e Contra-indicações).
¨ SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.
¨ CAIRO, N. Guia de Medicina Homeopática. 21ª edição. Livraria Teixeira. 1983.

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