É uma árvore frondosa, medindo até 13 metros de altura ou um pouco mais, possuindo casca de cor vermelho-escura com profundas fendas longitudinais, também avermelhada interiormente. Suas folhas são pinatifidas, compostas de folíolos 3-5-jugos, alternos ou opostos, ovado-lanceolados ou elípticos, obtusos até 5 centímetros de comprimento e 3 centímetros de largura, pelúcido-puntuados, glabros. As flores são brancas, apresentando às vezes a cor rósea, são reunidas em raminhos de 5-16 e estes são dispostos em panículas terminais. O fruto é uma vagem drupácea, pedundulada, ovóide, contendo uma semente. A droga vegetal é constituída de uma resina retirada do tronco da copaíba, sendo descrita da seguinte pela Pharmacopéia dos Estados Unidos do Brasil 1ª Edição (1926): “Óleo-resina do tronco de diversas espécies de Copaíba, Copaiba Miller, principalmente da Copaiba officinalis (Linné) Jacquin, da Copaiba gujanensis (Desfontaines) Kuntze, da Copaiba coriacea (Martius) Kuntze, da Copaiba langsdorffii (Desfontaines) Kuntze, da Copaiba oblongifolia (Martius) Kuntze; etc.
Caracterização: Líquido transparente, mais ou menos espesso, de cor amarela clara a amarela clara a amarelo-parda, pouco ou nada fluorescente, de cheiro forte, aromático e especial e sabor acre persistente, um pouco amargo e balsâmico.
Dissolve-se completamente no clorofórmio e no éter de petróleo, dando solutos límpidos; é também solúvel no álcool absoluto, no álcool amílico, nos óleos, no éter e no sulfureto de carboneo, dando solutos levemente opalescentes. É insolúvel na água.
O bálsamo de copaíba dá com igual volume de éter de petróleo um soluto límpido que adicionado de 8 vezes o seu volume de éter de petróleo, dá imediatamente precipitado flocoso branco.
Sua densidade varia de 0,940 a 0,995 a 25ºC.
O bálsamo de copaíba fornece no mínimo 40 por cento de essência levógira, cujo ponto de ebulição não é inferior a 250ºC.”
A espécie Copaifera langsdorffii é nativa dos bosques tropicais do Brasil.
Nome Científico: Copaifera langsdorffii (Desfontaines) Kuntze. Sinonímia: Copaiba langsdorffii Adans.
Nome Popular: Bálsamo, Copaíba Vermelha, Copaíba da Várzea, Copaibeira de Minas, Cupaíba, Cupiúva, Óleo de Copaíba, Óleo Vermelho, Pau de Óleo, Podoi, no Brasil; Copaiba, Copaífera, Copaiba Roja, Palo de Aceite, Copayero de Minas, em espanhol; Copayer, na França; Copaive, em inglês.
Denominação Homeopática: BALSAMUM COPAIVAE ou COPAIVAE BALSAMUM.
Família Botânica: Leguminosae-Caesalpinioideae.
Parte Utilizada: Óleo-resina.
Princípios Ativos: Óleo-resina: Contém entre 30-90% de óleo volátil com abundantes sesquiterpenos: -bisaboleno, -cariofileno, e -cadineno, e -copaeno, -cubebeno, e -selineno, -muuroleno, -cubeleno, aromadendreno, -elemeno, humuleno, -copaeno, cipereno; Taninos: N-metil -4-hidroxiprolina e ácido copálico.
Indicações e Ações Farmacológicas: Para o uso interno, é indicada nos casos de infecções urinárias, nas disenterias e nas bronquites. Externamente, é aplicada como nas feridas como cicatrizante e anti-séptico e na psoríase. É um fixador importante utilizado na perfumaria. Também se fabrica sabões aromáticos com a Copaíba. Em Homeopatia “atua poderosamente sobre as membranas mucosas, especialmente do aparelho urinário, dos órgãos respiratórios e pele, produzindo uma urticária muito notável” (Nilo Cairo), sendo a Copaíba portanto utilizada nas perturbações gástricas, colite mucosa, cistite, bronquite, urticária, retenção com dor na bexiga, ânus e reto, entre outras indicações.
A maioria dos trabalhos com esta espécie destacam suas propriedades antiinflamatórias. A resina de Copaíba tem demonstrado efeitos antiinflamatórios em provas experimentais de granuloma “pellet” de algodão, ao ser administrado em doses de 1,26 ml/kg diários. Até o terceiro dia de aplicação, a eficácia foi de 35,3% e no sexto dia alcançou 40,4%. Esta atividade foi similar, comparando-se com 20 mg/kg de fenilbutazona, mas de menor eficácia que a demonstrada por 0,2 mg/kg de dexametasona. Comprovou-se uma menor permeabilidade vascular provocada pela administração de 0,5-1 g/kg de histamina, depois da administração de 1,26 ml/kg da resina. A administração em ratos demonstrou uma atividade antiinflamatória do tipo dose-dependente em modelos de edema plantar pela indução por carragenina (Basile, A. et al. 1988; Handa S. et al., 1992).
Observou-se propriedade analgésica do ácido copálico em ratos (Fernándes R. e Pereira N., 1989).
Toxicidade/Contra-indicações: A DL50 avaliada da resina em ratos foi estimada em 3,79 (3,21-4,47) ml/kg.
Dosagem e Modo de Usar:
Uso Interno: 8 a 16 gramas por dia, em pílulas ou em poções;
Homeopatia: 1ª à 3ª.
Cosméticos:
- Shampoos e Loções Capilares: 2-7% do óleo;
- Géis, Sabonetes, Espumas de Banho, Cremes e Loções para o Corpo: 1-5% do óleo.
Referências Bibliográficas:
• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
• ALBINO, R. Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil. 1ª edição. 1926.
• CAIRO, N. Guia de Medicina Homeopática. 1983.
• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.
• CHERNOVIZ, P. L. N. A Grande Farmacopéia Brasileira. Editora Itatiaia. 1º
volume. 1996.
Sua copaíba é certificada? Se não é não se deixe enganar ela NÃO é comestível. Estamos em alerta! Terapeutas estão recomendando ingestão de óleos sem certificação para uso terapêutico e isso representa sérios riscos aos consumidores:
1) sem os equipamentos em inox, os destiladores e alambiques de cobre deixam resíduos que são neurotóxicos!
2) sem as certificações de orgânico nada garante que os óleos não contém agrotóxicos, ou seja, venenos. No Brasil apenas a certificação IBD e CPTG garantem que os produtos são orgânicos.
3) Mesmo que tenha certificação de orgânico (IBD) a marca precisa ter certificação de pureza para ser ingerido. Ser orgânico garante que a matéria prima (planta) não recebeu venenos mas não garante que seu óleo não foi diluído num outro sem cheiro/gosto, muitas vezes com solventes e sintético. Não compre gato por lebre e não se envenene.
4) Não aceite recomendação de ingestão da terapeuta se ela não provar para você que o produto é certificado.
5) Alguns pseudo terapeutas estão informando que apenas a cromatografia garante que o óleo é puro: isso não é verdade! A cromatografia garante apenas a leitura química do óleo. Para ser ingerido ele precisa passar por análise organoléptica, química, bioquímica, física, de contaminantes por metais pesados, biológicas e as embalagens também precisam passar por esterilização e testes para garantir extrema pureza do produto final.
6) a certificação mais confiável do mundo em termos de óleos essenciais é a certificação CPTG (Certified Purity for Therapeutic Grade) ou seja Pureza Certificada com Grau de uso Terapêutico. Essa certificação é aceita em 40 países como e é auditável pois há banco de dados de TODOS os lotes.
Por essas razões que nós só recomendamos que você use apenas óleos com essas certificações. Exija qualidade da sua aromaterapeuta. Ela não pode ser fiel a uma marca, deve ser fiel ao melhor que pôde proporcionar a você!
Informe-se!!
Dúvidas, entre em contato conosco. Nossa missão é informar!
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