Planta originária dos Estados Unidos, a Equinácea é utilizada há séculos pelos índios nativos. Trata-se de uma herbácea perene, caracterizada por apresentar uma altura máxima de meio metro de altura; sua raiz é axomorfa; seu caule é delgado, viloso; suas folhas são ásperas, lanceoladas ou lineares, medindo entre 7,5 e 20 centímetros de comprimento; possui inflorescência solitária sobre um pedúnculo terminal, com flores cor de malva.
Conhece-se por Equinácea as seguintes espécies: Echinacea angustifolia D.C., dita como a oficial, Echinacea angustifolia, com flores púrpuras e Echinacea pallida, com flores brancas.
O termo Echinacea vem do grego e significa erizo, uma alusão à forma de suas brácteas pontiagudas do receptáculo floral.
Nome Científico: Echinacea angustifolia D.C.
Nome Popular: Equinácea, no Brasil e em espanhol; Coneflower, em inglês; Rudbeckie, na França.
Denominação Homeopática: EQUINACEA.
Família Botânica: Asteraceae (Compositae).
Parte Utilizada: Flores e caule.
Princípios Ativos: Ésteres do Ácido Cafêico: equinacosídeos A e B, cinarina, ácido chicórico; Equinaceína; Óleo Essencial: borneol, bornilacetato, D-germacraneno e cariofileno; Antocianosídeos; traços de Alcalóides Pirrolizidínicos: tusilagina e isotusilagina; Resina (contendo ácidos graxos e fitosteróis); Isobutilamidas e Polissacarídeos.
Indicações e Ações Farmacológicas: É muito usada no tratamento de afecções respiratórias: gripe, resfriado, faringite, rinite, sinusite e bronquite. Externamente é empregada sob a forma de colutórios em abcessos dentários e em banhos, pomadas ou compressas sobre queimaduras, feridas, furúnculos, acne, inflamações ou ulcerações dérmicas.
Apresenta ação imunoestimulante, devido aos polissacarídeos presentes, aumentando as defesas inespecíficas do organismo e ativando a formação de leucócitos.
A equinaceína demonstrou apresentar propriedades anti-parasitárias e antiinflamatórias. Recordemos em linhas gerais, uma ação antiinflamatória reforça uma atividade antiinfecciosa (Tyler V., 1980; Rombi M e Lecomte A., 1992).
Os fitosteróis participam do mecanismo antiinflamatório e a isobutilamida se comporta como um inibidor específico da enzima lipooxigenase, a qual participa dos processos inflamatórios (Ríos Cañavate J., 1995).
Possui ação bacteriostática, bloqueando a enzima hialuronidase, impedindo que as infecções continuem por um tempo maior, favorecendo acura das feridas.
Para comprovar os efeitos sobre as vias aéreas, um estudo foi feito na Alemanha com 180 pacientes voluntários com sintomas respiratórios tais como: congestão nasal, rinite, resfriado e estado gripal. Estes foram divididos em três grupos: o primeiro grupo foi tratado com 900 mg diários de extrato de Equinácea, o segundo grupo com 450 mg e o terceiro com placebo. O primeiro grupo foi o único que após quatro dias teve uma melhora significativa nos sintomas (Bräunig B. et al., 1992).
Toxicidade/Contra-indicações: Devido a presença de traços de alcalóides pirrolizidínicos, fazer tratamentos descontínuos (um a dois meses, seguidos de iguais períodos de descanso).
O uso parenteral dos extratos de Equinácea não é recomendado, pois com freqüência produz reações alérgicas, náuseas e vômitos. Nunca administrar por esta via em mulheres grávidas, pessoas com alergias a plantas da família das Compostas, nem a diabéticos (pode provocar um agrave no metabolismo).
Até o momento não foram realizados estudos de toxicidade crônica e aguda com extratos totais de Equinácea. Porém já foi realizado estudos toxicológicos sobre a fração polissacarídica das partes aéreas, calculando a DL 50 em ratazanas, entre 2.500 e 5.000 mg/kg. Os pulmões dos animais que faleceram dentro de 24 horas após uma injeção intra-peritoneal de 5.000 mg/kg mostraram um saliente edema intersticial e intra-alveolar com leucodiapedesis localizada, o qual é um indicador de uma parada circulatória aguda. (Mengs U. et al.. 1991).
O teste de Ames para mutagenicidade sobre linfócitos humanos demonstrou que a administração de 500 mg/kg de polissacarídeos não se observa aberrações estruturais cromossômicas. Em vista destes resultados, conclui-se que a toxicidade genética in vivo da fração polissacarídica de Equinácea é muito pouco provável (Schimmer O. et al., 1994).
A Comissão “E” do Departamento Federal de Saúde da Alemanha não recomenda o uso da Equinácea em certas enfermidades que podem comprometer o sistema imunológico tais como o diabetes, esclerose múltipla, tuberculose, colagenose e lupus eritematoso.
Dosagem e Modo de Usar:
Uso Interno:
Extrato Fluido (1:1): 15-30 gotas, uma a três vezes ao dia;
Tintura (1:10): 50 gotas, uma a três vezes ao dia;
Xarope (5% de Extrato Fluido): Tomar 1 a 3 colheres ao dia;
Extrato Seco (5:1): 150-300 mg ao dia (1 grama equivale a 5 gramas da planta seca).
Uso Externo:
Pomada Cicatrizante (10% de tintura e 90% de lanolina).
Referências Bibliográficas:
ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 ( o qual cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ações
Farmacológicas/ Toxicidade e Contra-indicações).
PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.
SCHAWENBERG, P.; PARIS, F. Guia de las Plantas Medicinales. Omega.
1980.
Revista Racine Março/Abril de 1997.
SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.
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