A Andiroba é comum nas várzeas da Amazônia. Velha conhecida dos indígenas, dos caboclos e dos madeireiros, começa a ganhar fama internacional pela comprovação científica de algo que os nativos sabem há muitas gerações: o bagaço da castanha, quando queimado, solta uma fumaça que tem o poder de repelir mosquitos. Alguns produtos sob a forma de vela estão sendo comercializados como um repelente natural.
Desde a época do Descobrimento do Brasil, o óleo de andiroba era empregado pelos índios Mundurukús como ingrediente na mumificação das cabeças dos inimigos, que serviam de troféus de guerra. Hoje, o óleo é medicamento usado para muitos males, principalmente como linimento contra pancadas e antiinflamatório, contra dores de garganta.
É uma árvore grande, que mede até 30 metros de altura, apresentando uma casca cinzenta e grossa. As folhas são imparipinadas ou abrupto-pinadas, grandes, de até 1 metro de comprimento ou mais, composta de numerosos folíolos subopostos, elíptico-oblongos, inteiros, acuminados e glabros. As flores são pequenas, amarelas, vermelhas e axilares. O fruto é uma cápsula ovóide semi-globosa, lenhosa, pardacenta, 4-vulvar, contendo número variável de sementes vermelhas, coriáceas e quase lenhosas, convexas, angulosas ou irregularmente tetraédricas, achaatadas lateralmente.
As sementes privadas das cascas produzem 70% de óleo amargo e concreto, amarelo-escuro e muito espesso.
Nome Científico: Carapa guianensis Aubl. Sinonímia: Carapa latifolia Willd.; Xylocarpus carapa Spreng.; Carapa macrocarpa Ducke.
Nome Popular: Andiroba, Andiroba-saruba, Iandirova, Iandiroba, Carapá, Carapa e Nandiroba, no Brasil; Cachipou e Noix de Crab, na Guiana Francesa; Carapa Tree, em inglês; Carapo, na ilha de Trindade.
Família Botânica: Meliaceae.
Parte Utilizada: Óleo extraído das sementes.
Princípios Ativos: Alcalóide: carapina (andirobina); Ácidos Esteárico, Olêico, Palmítico, Linolêico, Mirístico ; Taninos; Apoxiazadiradiona; Matérias Gordurosas.
Indicações e Ação Farmacológica: O óleo das sementes, que contêm o alcalóide carapina e matérias gordurosas, é utilizado na medicina popular, em compressas e fricções, na região Norte do Brasil, como antiinflamatório, antibacteriano, cicatrizante e repelente de insetos. Tem um excelente efeito sobre inchações e traumas. Segundo M. Pio do óleo de Andiroba pode-se fazer sabão para moléstias da pele.
Pode-se ser feitos cremes emolientes e hidratantes deste óleo.
Toxicidade/Contra-indicações: Não há referências nas literaturas consultadas.
Dosagem e Modo de Usar: A medicina popular emprega 50% Óleo de Andiroba com 50% de Óleo de Copaíba no tratamento da herpes, deixando o líquido em contato com a ferida durante trinta minutos e aplicando duas vezes ao dia.
Cosméticos:
Utiliza-se o óleo em shampoos, condicionadores, cremes, loções e géis: 2 a 5%.
Referências Bibliográficas:
• Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Seleções do Reader’s Digest. 1ª
edição. 1983.
• VIEIRA, L. S. Fitoterapia da Amazônia. 2ª Edição. São Paulo. Editora
Agronômica Ceres. 1992.
• LORENZI, H. Árvores Brasileiras. vol. 1. 2ª edição. 1998. Instituto Plantarum.
• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984. TESKE,
M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.
• Revista Globo Rural. Novembro de 1999.
2 comentários:
Existe um mix da andiroba com aloe vera, e outro componente , com o nome de Glucaderm, pesquisa da UNiv . de Campina Grande , que ´e indicado para o alivio das agressões da Psiorise.
Mestry Badahra
maravilhosos ï
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