Planta herbácea de ramos moles e nodosos nas articulações, que procura suporte, a Fáfia apresenta folhas opostas, membranáceas, simples e inteiras. As flores são pequenas e surgem dos ramos terminais. A parte subterrânea é tuberosa, apresentando uma parte caule e outra raiz, que atinge porte elevado. Não tem exigência quanto ao solo e clima, crescendo em matas, campos e ao longo do curso dos rios.
As pessoas simples das regiões rurais parecem ter aprendido com os índios as propriedades de suas raízes, e desta forma, atribuiram a esta planta o nome de “paratudo”, graças à variedade de propriedades medicinais que apontam a esta.
Atualmente a chamam de “Ginseng Brasileiro” devido à forma humanóide que apresenta as suas raízes assim como o Ginseng Importado é caracterizado. O termo ginseng é de origem chinesa e significa Jin = homem e chen = ternário. Este nome é uma alusão ao conjunto: homem físico, homem espiritual e planta. A forma humanóide das raízes do ginseng para muitos encerra a essência da reparação da forma física e psíquica do homem.
O “Ginseng Brasileiro” nada tem a ver com os ginsengs importados. Botanicamente, pertence a uma família vegetal bem distinta daquela dos ginsengs importados. A Pfaffia paniculata (Martius) Kuntze, nome científico da Fáfia, pertence à família Amaranthaceae ao passo que a maioria dos outros ginsengs pertencem à família Araliaceae. Quimicamente também é diferente, embora em todas as plantas ocorram saponinas, estas possuem estruturas diferentes.
Assim, mostramos abaixo a relação dos Ginsengs conhecidos:
Panax ginseng Ginseng Coreano; Ginseng Chinês;
Panax quinquefolium Ginseng Americano;
Panax pseudo-ginseng Ginseng Chinês;
Panax japonicum Ginseng Japonês;
Eleutherococcus senticosus Ginseng Russo ou Ginseng Siberiano
Pfaffia paniculata Ginseng Brasileiro
Nome Científico: Pfaffia paniculata (Martius) Kuntze.
Nome Popular: Fáfia, Paratudo e Ginseng Brasileiro, no Brasil.
Família Botânica: Amaranthaceae.
Parte Utilizada: Raiz.
Princípios Ativos: Ácido Pfáfico (noriterpenóide); Saponinas: pfafosídos A, B, C, D, E e F; Alantoína; Fitosteróis: sitosterol e estigmasterol; Sais Minerais: fósforo, cálcio, ferro e potássio; Aminoácidos; Mucilagens.
Indicações e Ações Farmacológicas: A Fáfia é auxiliar no tratamento de irregularidades circulatórias, estresse, anemia, diabetes e astenia.
Estudos comprovaram a atividade inibitória do ácido pfáfico e dos pfafósidos frente ao crescimento de células tumorais cultivadas, como o melanoma B-16.
A presença de alantoína nas raízes pode estar relacionada com a ação cicatrizante de feridas e a atividade anti-úlceras atribuídas a esta planta.
Estimula e tonifica o organismo, eliminando a fadiga física e mental, aliviando estados de estresse e depressão. Contribui para as funções cerebrais.
Fortalece o coração, melhorando o processo circulatório e aumenta o número de glóbulos vermelhos e o nível de hemoglobina.
Possui ação hipoglicêmica além de potencializar a ação da insulina.
Toxicidade/Contra-indicações: Uma superdosagem pode ocasionar no indivíduo nervosismo, hipertensão, erupções na pele, diarréia e insônia.
Dosagem e Modo de Usar:
• Pó: 5 a 10 g/dia;
Referências Bibliográficas:
• TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.
• OLIVEIRA, F. Pfaffia paniculata (Martius) Kuntze - O Ginseng Brasileiro,
Revista Brasileira de Farmacognosia, , Março-Abril, 1986.
• PANIZZA, S. Plantas que Curam (Cheiro de Mato). 7ª edição. 1997.
Um comentário:
Postar um comentário