Erva extremamente venenosa, o Acônito possui caule ereto e folhas alternas palmatipartidas; na parte superior do caule forma-se um cacho floral ramificado, composto de flores azuis com a forma de elmo; o fruto é composto de três cápsulas ou folículos livres contendo sementes pretas, rugosas e angulosas. A droga vegetal é constituída pelas raízes de Acônito, sendo descrita pela Farmacopéia Brasileira 3ª Edição (1977): “Raiz tuberosa, obcônica, de coloração cinzento-parda; normalmente de 4 a 10 cm de comprimento por 1 a 3 cm de largura na parte superior, a qual está unida à base do caule ou restos de brotos, com numerosas raízes secundárias, filamentosas ou cicatrizes deixadas por estas. Esta raiz muitas vezes é acompanhada de uma segunda, napiforme, soldada na parte superior por um pedículo delgado; sua fratura é curta e internamente é de cor cinza-clara a castanho-escura. O acônito apresenta odor e sabor fracos e produz na boca uma sensação levemente picante e persistente, seguida de entorpecimento.
Observação: A raiz não deve ser substituída pelas dos diferentes acônitos da Índia, em particular aquelas, muito tóxicas, conhecidas sob o nome de “Bisch” fornecidas pelo do A. balforii Stapf, do A. deinorrhizum Stapf., e do A. laciniatum Stapf. Estas raízes, de 8 a 12 cm de comprimento por 2 a 4 cm de diâmetro em sua maior espessura, são cilindro-cônicas, freqüentemente desprovidas de sua extremidade inferior, de cor castanho-escura, numerosas pregas irregulares formam em sua superfície uma rede clara, branco-amarelada. A fratura é freqüentemente córnea.”
Originária da Europa, o Acônito parece agir como o curare de nossos índios, tendo sido utilizado pelos germanos e gauleses para envenenarem suas flechas.
Nome Científico: Aconitum napellus L. Sinonímia: Delphinium napellus Baill.;Aconitum acutum Rchb.; Aconitum alatum Wender; Aconitum albidum Bernh.; Aconitum ambiguum Rchb.; Aconitum amoenum Rchb.; Aconitum ampliflorum Rchb.; Aconitum angustifolium Bernh. ex Rchb. ; Aconitum autumnale Rchb.; Aconitum bernhardianum Rchb.; Aconitum braunii Rchb.; Aconitum caeruleum Dulac; Aconitum callibutryon Rchb.; Aconitum canescens Schleich. ex Rchb.; Aconitum chamissonianum Rchb.; Aconitum clussii Rchb.; Aconitum commutatum Rchb.; Aconitum compactum Rchb.; Aconitum confertum Rchb.; Aconitum delphinifolium DC.; Aconitum densiflorum Hoppe ex Steud.; Aconitum dissectum D. Don.; Aconitum elatum Salisb.; Aconitum eminens Koch ex Rchb.; Aconitum eustachium Rchb.; Aconitum ferox Wall.; Aconitum firmum Rchb.; Aconitum formosum Rchb.; Aconitum fornicatum Gilib.; Aconitum funckianum Rchb.; Aconitum funckii Rchb.; Aconitum gigateum Host ex Steud.; Aconitum gtrandiflorum Pall. Cf. Rchb.; Aconitum gluttatum
Turcz.ex Regel; Aconitum halleri Rchb.; Aconitum hamitonii G. Don; Aconitum hians Rchb.; Aconitum hoppeanum Rchb.; Aconitum hoppii Rchb.; Aconitum humile Bernh.
ex Rchb.; Aconitum inuctum Koch ex Rchb.; Aconitum koehleri Rchb.; Aconitum koelleanum Rchb.; Aconitum laetum Rchb.; Aconitum laxiflorum Schleich.; Aconitum laxum Rchb.; Aconitum meyeri Rchb.; Aconitum microphyllum Gaud. ex Steud.; Aconitum multifidum Royle; Aconitum nanum Simonk.; Aconitum nepelloides Sw. ex Rchb.; Aconitum neomontanum Koelle; Aconitum neubergense DC.; Aconitum nutans Hort.; Aconitum obscurum Rchb.; Aconitum oliganthemum Kern.; Aconitum oligocarpum Rchb.; Aconitum paradoxum Rchb.; Aconitum pauciflorum Bertol.; Aconitum plicatum Koehler ex Rchb.; Aconitum productum Rchb.; Aconitum pubescens Moench.; Aconitum pumilum Schur; Aconitum pygmaeum Steud.; Aconitum pyramidale Mill.; Aconitum reclinatum A. Gray; Aconitum rigidum Rchb.; Aconitum rotundifolium Kar. et Kar.; Aconitum rubellum Sweet; Aconitum schleicheri Rchb.; Aconitum semigaelatum Pallex; Aconitum spicatum Donn; Aconitum squarrosum Koch ex Rchb.; Aconitum strictum Bernh.; Aconitum taurericum Rchb.; Aconitum tauricum Wulf.; Aconitum tenuifolium Rchb.; Aconitum virgatum Rchb.; Aconitum virosum D. Don; Aconitum vulgare DC.; Aconitum willdenowii Rchb.; Napelus vulgaris Fourr.
Nome Popular: Acônito, Capacete de Júpiter, Capuz de Frade, Carro de Vênus e Mata Lobos, no Brasil; Acónito, em Portugal; Aconito, na Itália; Acónito, Anapelo, Casco de Jupiter, Napelo, Vedegambre Azul, em espanhol; Monnkshood, Wolfsbane, Blue Rocket, Mousebane, Friar’s Cap e Aconite, em inglês; Echter Sturmhut e Blauer Eisenhut, na Alemanha; Aconit, Aconit de Napel e Casque de Jupiter, na França.
Denominação Homeopática: ACONITUM.
Família Botânica: Ranunculaceae.
Parte Utilizada: Raiz.
Princípios Ativos: Alcalóides: aconitina, mesaconitina, neopelina, hipaconitina, napelina e napelonina; Ácidos Orgânicos: aconítico, cítrico e tartárico; Colina.
Indicações e Ações Farmacológicas: É facultativo e somente por prescrição médica o uso do Acônito por via interna devido à alta toxicidade desta droga. A única exceção é a administração em doses homeopáticas. O uso mais importante desta droga é no tratamento de nervralgias em geral, notadamente nas congestivas e na facial. Em Homeopatia o Acônito é um dos medicamentos de ação mais extensa sobre o organismo, atuando em diversos sistemas.
A aconitina confere propriedades analgésicas, por isso que na China utiliza-se uma tintura elaborada a partir de diferentes espécies de Acônito como anestésico. Sua ação portanto está centrada nas terminações nervosas (Oyama T. et al., 1994). A mesaconitina
tem demonstrado possuir efeito analgésico superior à morfina. Ao contrário, a raiz total processada possui uma atividade nociceptiva inferior aos antiinflamatórios usuais como o Diclofenaco, Indometacina e Aminopirina (Isotono T. et al., 1994).
O conjunto dos alcalóides presentes no Acônito proporcionam um efeito antipirético, antitusivo e vasoconstritor (hipertensor). Deve-se também considerar um efeito adicional da força de contração cardíaca em animais de laboratório, efeito comum a todas as espécies de Acônito (Kumar S., Prabhakar Y., 1990).
Toxicidade/Contra-indicações: É desaconselhável o uso interno desta droga por esta ser muito tóxica, pela presença de alcalóides em sua constituição, em particular a aconitina. A dose letal é de 1 a 3 mg de aconitina (equivalente a 2 a 4 gramas de tubérculos frescos).
A intoxicação se manifesta em um primeiro momento um estado de excitação geral, com parestesias nos lábios, língua e garganta pelo bloqueio do nervo trigêmio. Mais tarde há o aparecimento de alterações gastrointestinais, tais como diarréias e vômitos. Em uma segunda etapa, ocorre hipotermia e paralisia dos músculos respiratórios e bloqueio dos centros cardiorespiratórios, que pode conduzir à morte por asfixia em poucas horas.
É contra-indicado na gravidez, na lactância, para crianças, associação com álcool, sedantes, antihistamínicos, hipnóticos, antidepressivos ou antiespasmódicos.
Dosagem e Modo de Usar:
Homeopatia: 1ªx, 3ªx, 6ªx, 12ªx, 30ªx, 100ªx, 200ªx, 1000ªx e 10000ªx.
• Uso Externo:
- Tintura da raiz: aplicar sob a forma de fricções;
- Extrato Fluido (1:1): em pomadas, cremes ou géis.
Referências Bibliográficas:
• FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 3ª edição. 1977.
• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.
• CAIRO, N. Guia de Medicina Homeopática. 1983.
• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.
• ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 (obra que cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ações
Farmacológicas/ Toxicidade e Contra-indicações).
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