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segunda-feira, 2 de março de 2009

Abútua

Esta planta é um arbusto-terpadeira polimorfo, de caule lenhoso cilíndrico, ligeiramente anguloso ou achatado, com ramos pilosos. As folhas são longo-pecioladas, alternas-ovadas ou cordiformes, um pouco peltadas, de 20-30 centímetros de comprimento, branco e cínereo-tomentosas na página inferior. As flores possuem 12 pétalas e quase outras tantas sépalas, dispostas em racimos ou espigas amareladas. O fruto é compostos de 3-6 drupas elipsóides ou ovóides, curto-pedunculadas, contendo polpa vermelha, comestível e agradável ao paladar, envolvendo uma semente sem albúmen e de sabor amargo.
A Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil 2ª edição (1959) descreve a raiz da Abútua da seguinte maneira:
“Esta raiz possui cheiro pouco sensível, quando antiga, porém, algum tanto penetrante, quando fresca; seu sabor é pronunciado, mas não persitente;
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA  A raiz de abútua apresenta-se em fragmentos irregulares, tortuosos, duros, de tamanho variável, com 2 a 6 cm de comprimento sobre 3 a 8 cm de largura. Sua superfície externa, constituída por um súber que, com facilidade, se destaca, é de cor pardo-escura, profundamente sulcada no sentido longitudinal e com ranhuras transversais, mais ou menos visíveis.

Examinada em seu sentido transversal, mostra uma série de zonas irregulares, bastante espessas, encaixadas umas dentro das outras, em volta de um ponto, geralmente excêntrico, e separadas entre si por uma linha ondeada, de cor parda. Essas zonas são formadas por feixes líbero-lenhosos, cuneiformes, em número crescente, do centro para a periferia. Os feixes são crivados de poros e separados pelos raios medulares. A zona mais interna é formada de 12 feixes que se prolongam até o centro, onde não existe medula; estes feixes são divididos em dois grupos de seis, por uma camada de tecido parenquimatoso mais largo que os raios medulares.
A parte mais externa é recoberta por uma camada cortical pouco espessa.
O corte longitudinal é grosseiro, fibroso e de cor cinzento-amarelada ou cinzento-pardo-esverdeada.”

Nome Científico: Chondodendron platyphyllum (Saint-Hilaire) Miers; Sinonímia: Abuta platyphylla M.; Chondodendron tomentosum Ruiz e Pavon..; Botryopsis platyphylla Miers.; Cissampelos abutua Vell.; Cocculus cinerascens St.-Hill.; Cocculus platyphyllus St.-Hil.

Nome Popular: Abútua, Abútua-verdadeira, Baga da Praia, Batata Brava, Butiá, Bútua, Jaboticaba de Cipó, Orelha de Onça, Parreira Brava, Parreira Silvestre, Uva da Serra, Uva
do Mato e Uva Silvestre, em português; Brasilianische Grieswurzel e Parreira Brava, na Alemanha; Curare, Parreira Brava e Uva del Monte, em espanhol; Cissampélos, Herbe Notre-Dame, Pareira Brava e Vigne Sauvage, na França; Touwdruif, na Holanda; Cissampelos, Pareira, Velvet Leaf, Virgin-vine e Wild Vine, em inglês; Pareirae Radix e Radix Pareirae Bravae, em latim.

Denominação Homeopática: PAREIRA BRAVA.

Família Botânica: Menispermaceae.

Parte Utilizada: Raiz.

Princípios Ativos: Alcalóides de núcleo bis-benzil-tetra-hidroquinoleína; 1-beerina; isochondodendrina; isobeerina; isoclaurina.

Indicações e Ações Farmacológicas: A Abútua é diurético, febrífugo, tônico e aperiente usado em casos de irritação das vias urinárias. É utilizada nas hidropisias, nas doenças renais e das vias urinárias, principalmente contra cálculos renais e contra as febres em geral. Externamente, como resolutivo, é empregada em cataplasmas confeccionadas com pó e farinha de Linhaça. Em Homeopatia é um remédio muito eficaz nas cólicas nefríticas e na irritação dos condutos urinários que precede ou segue de expulsão dos cálculos; na cistite com violento esforço para urinar e terrível ardência durante a micção e na hidropisia generalizada.

Toxicidade/Contra-indicações: M. Pio Corrêa cita em sua obra que esta planta pode produzir aborto se administrada em doses excessivas. Diante desta afirmação não é recomendado o uso durante a gravidez e lactação.

Dosagem e Modo de Usar:
- Homeopatia: T.M. à 5ª.
R. Coimbra cita as seguintes formas farmacêuticas e doses:

 Infuso ou Decocto a 2,5%: 50 a 200 ml por dia;
 Pó: 1 a 5 gramas por dia;
 Extrato Fluido: De 1 a 5 ml por dia;
 Tintura: de 5 a 25 ml por dia.

Referências Bibliográficas:
• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.

• OLIVEIRA, F.; AKISUE, G. Fundamentos de Farmacobotânica. 2ª edição.
Atheneu. 1998.

• COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia. 2ª edição. Cejup. 1994.

• FARMACOPÉIA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL. 2ª edição. Indústria Gráfica Siqueira S.A. 1959.


• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

• CHERNOVIZ, P. L. N. A Grande Farmacopéia Brasileira. Editora Itatiaia. 1º
volume. 1996.

• CAIRO, N. Guia de Medicina Homeopática. 21ª edição. Livraria Teixeira. 1983.

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