Pesquisa de Dicas e Ervas

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segunda-feira, 2 de março de 2009

Agrião



Planta herbácea, aquática e vivaz, o Agrião apresenta caule de cor verde, algumas vezes arroxeado na base, de 15 a 30 centímetros de comprimento por até 1 centímetro de diâmetro na base, flexível, glabro, fistuloso, semi cilíndrico e provido de sulcos longitudinais pouco profundos. Ao nível dos nós origina finas raízes adventícias de coloração brancacenta.
Suas folhas são verde-escuras, carnudas, glabras, pinuladas, com folíolos arredondados ou ovais, sendo o terminal frequentemente maior. A margem dos folíolos é inteira ou levemente crenada.
As flores são brancas e pequenas, dispostas em espigas terminais, com quatro sépalas iguais, quatro pétalas em cruz, quatro estames compridos e dois curtos. O fruto é uma síliqua curta contendo quatro fileiras de sementes.
O Agrião apresenta cheiro fraco característico, tornando-se mais intenso pela contusão da planta, possuindo sabor picante, e fracamente amargo.
Este cheiro picante que o Agrião tem determinou o seu nome científico Nasturtium, deriva da expressão em latim nasus tortus, nariz torcido. Originária da Europa, acha-se completamente adaptada e subespontânea em todo o Brasil, vegetando nos córregos, tanques, brejos e quaisquer lugares úmidos.

Nome Científico: Nasturtium officinale R. Br. Sinonímia: Roripa nasturtium (L.) Rusbi; Sisymbrium nastrutium Thunb; Sisymbrium nasturtium-aquaticum L.; Sisymbrium fluviatile Vell.; Radicula nasturtium (Thunb.) Ca.; Nasturtium nasturtium Cockerell; Radicula nasturtium-aquaticum Britt.

Nome Popular: Agrião, Agrião-das-fontes, Agrião-de-água, Berro, Berro-d’água, Agrião Oficial, Agrião-do-rio, Mastruço-dos-rios e Agrião-aquático, no Brasil; Berro e Mastuerzo de Agua, em espanhol; Watercress, em inglês; Cresson des Fontaines, na França; Brunnenkress, na Alemanha; Crescione di Fontana, na Itália.

Denominação Homeopática: NASTURTIUM.

Família Botânica: Cruciferae.

Parte Utilizada: Partes aéreas.

Princípios Ativos: Gliconastusídeo; Vitaminas: A, C, B2, PP e E; Sais Minerais: enxofre, iodo, ferro, fósforo e magnésio; Enzimas; Carotenos; Princípios Amargos; Óleo Essencial: sevenol.


Indicações e Ações Farmacológicas: Esta planta é indicada na inapetência; na convalescência; nas afecções respiratórias: faringite, laringite e bronquite; nas afecções genitourinárias:
cistite, ureterites, uretrites, oligúria e urolitíase; na hipertensão arterial e em edemas; no diabete e na anemia; no uso tópico: gengivites e dermatites seborréicas. A Cosmetologia faz uso desta espécie para o tratamento capilar anti-caspa e anti-queda.
Esta planta é reputada como antianêmica, antiescorbútica, diurética e remineralizante, em função da presença de vitaminas A, C e os sais minerais presentes na planta. É bastante utilizada como tônico e expectorante, principalmente no tratamento da bronquite crônica. Possui ação diurética e é ligeiramente hipoglicemiante.
Por possuir grande disponibilidade de enxofre é específico para o tratamento anti-caspa, sem produzir efeitos colaterais. Por fricções no couro cabeludo estimula a circulação diminuindo a queda e favorecendo o fortalecimento dos cabelos.

Toxicidade/Contra-indicações: Quando utilizada, a planta deve ser lavada cuidadosamente para evitar a infecção de ovos e larvas de parasitas, inclusive o vírus da hepatite do tipo A.
Em doses elevadas ou usado de forma prolongadas, pode provocar irritação dos endotélios do estômago e do rim. Os gliconastusídeo tem uma atividade bocigênica: inibem irreversivelmente a peroxidase tiroidiana, impedindo a oxidação de iodetos a iodo, assim como o sistema de transporte do iodo das células tiroidianas, diminuindo a produção de tiroxina.
O uso de diuréticos em indivíduos hipertensos ou cardiopatas só deve ser feito sob prescrição médica, pela possibilidade do aparecimento de uma descompensação tensional, perda de potássio, podendo promover uma intensificação dos efeitos cardiotônicos.

Dosagem e Modo de Usar:
• Uso Interno:
- Planta Fresca: em saladas;
- Decocção: Geralmente junto com outras plantas diuréticas. Tomar um litro ou mais por dia;.

• Uso Externo:
- Extrato Glicólico (1:5): Em cremes e géis;
- Loções desinfetantes para peles acnêicas, cremes para peles oleosas, shampoos e sabonetes: 2-3%;
- Loções Tônicas: 2-5%.

Referências Bibliográficas:
• OLIVEIRA, F.; AKISUE, G.; AKISUE, M. K. Farmacognosia. 1ª edição.

• Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest do Brasil. 1ª edição.
1999.

• SCHAWENBERG, P.; PARIS, F. Guia de las Plantas Medicinales. Omega.
1980.

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

• TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.

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