Pesquisa de Dicas e Ervas

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terça-feira, 3 de março de 2009

Arnica Importada


Desconhecida na Antiguidade, a Arnica foi pela primeira vez citada por Santa Hildergada e mais tarde pela escola de Salerno. É oriunda das regiões montanhosas da Europa, encontrada até 2000 metros acima do nível do mar, onde é muito difícil a sua cultura. Entretanto, no Brasil, é facilmente cultivada em jardins sendo muito apreciada por sua beleza.
De porte herbáceo, medindo de 50 a 70 centímetros de altura, a Arnica é uma planta vivaz, de folhas basilares reunidas em roseta à superfície do solo, ligeiramente consistentes, ovais e verde-claras na página inferior; o fruto é um aquênio sub-cilíndrico, quase preto, pubescente e com papilho branco; o rizoma é oblíquo e castanho. O capítulo floral constitui a droga vegetal, sendo descrito da seguinte forma na Farmacopéia Brasileira 3ª Edição (1977): “ Os capítulos florais medem mais ou menos 6 cm de diâmetro, sendo envolvidos por 20 a 24 brácteas dispostas em 2 séries; são estreitas, lanceoladas, atingindo até 15 mm de comprimento, com bordo inteiro, de coloração verde-parda e pêlos curtos. O receptáculo, quando privado das flores, mostra-se ligeiramente convexo, com cerca de 1 cm de diâmetro e pequenas cavidades onde se inserem as flores, apresentando entre elas pêlos brancos, curtos e duros. As flores liguladas, em número de 14 a 20, são dispostas na periferia do receptáculo; medem até 2,5 cm de comprimento e são femininas, mostrando o ovário ínfero, de 4 a 5 mm, pardo, com 4 a 5 arestas pouco visíveis e pêlos curtos e brancos. O papo é formado de uma camada de cerdas amarelas; a lígula, de cor amarelo-alaranjada, mede até 2 cm de comprimento e apresenta 3 lóbulos e 7 a 15 nervuras na base, com um estilete fino que se divide em 2 estigmas. Observa-se a presença de estaminódios . As flores tubuladas são mais numerosas, hermafroditas, e se dispõem na parte central do receptáculo; o ovário, o papo e o estilete são semelhantes aos das flores liguladas. A corola, de mais ou menos 0,5 cm de comprimento, é tubular, alargada na parte superior, de cor amarelo-alaranjada, com 5 lóbulos recurvados para fora e apresentam externamente na base, pêlos brancos. As anteras, em número de 5, são unidas formando um tubo: as tecas polínicas são elipsoidais, rombas, e o conectivo prolonga-se numa escama triangular. A arnica apresenta odor fraco, aromático, agradável, e sabor acre e amargo.”

Nome Científico: Arnica montana L. Sinonímia: Arnica petiolata Schur.; Arnica alpina Willd.; Arnica angustifolia Tucz.; Arnica helvetica B. Don.; Arnica plantaginisfolia Gilib.; Doronicum arnica Desf.; Doronicum montanum Lamm.; Doronicum appositifolium Lam.

Nome Popular: Arnica, Arnica das Montanhas, Tabaco das Montanhas, Quina dos Pobres, Tabaco-dos-saboianos, Dórico-da-Alemanha, Tabaco-dos-vosgos, Tanchagem-dos-alpes, Cravo-dos-alpes e Panacéia-das-quedas, no Brasil; Árnica e Tabaco de la Montaña, em língua espanhola; Arnica, na Itália; Arnique des Montagnes, Herbe aux Chutes e Quinquina
des Pauvres, na França; Arnika e Bergwohlverleihl, na Alemanha; Arnica, Mountain Tobacco, Leopard’s Bane, Wolfsbane, Arnica Flowers e Montain Arnica, em inglês.

Denominação Homeopática: ARNICA.

Família: Asteraceae (Compositae).

Parte Utilizada: Flores.

Princípios Ativos: Óleo Essencial: rico em terpenos, timol, ésteres de timol, florol, pentaino-monoeno e compostos poliacetilênicos; Álcoois Terpênicos: helenalina, dihidrohelenalina e drivados (lactonas sesquiterpênicas), arnidiol e faradiol (triterpenos pentacíclicos); Ácidos Fenólicos: ácido cafêico, ácido clorogênico e seus ésteres (cinarina); Carotenóides:  e -carotenos, zeaxantinas e derivados epóxidos; Flavonóides: heterosídeos da hispidulina, pauletina, kempferol, quercetina, astragalina, isoquercitrina, quercetol-3-glicogalactouronídeo, jaseocidina e espinacetina; Taninos; Arnicina; Cumarinas: umbeliferona e escopoletina; Fitosterina (arnisterina); Colina; Sais de Manganês; Polissacarídeos de Alto Peso Molecular.


Indicações e Ações Farmacológicas: São atribuídas a propriedade antiinflamatória, analgésica, cicatrizante, anti-séptica, antimicrobiana, fungicida, antihistamínica, cardiotônica e colagoga. Em Homeopatia é o grande remédio do traumatismo, um grande tônico muscular, dentre outras aplicações.
A Arnica é muito empregada localmente como um antiinflamatório bastante eficaz, sendo atribuída sua atividade farmacológica principalmente pela ação de seu óleo essencial. Com relação a helenina e a dihidrohelenamina têm demonstrado em animais de laboratório, propriedades antiinflamatórias através da inibição da inibição da síntese de prostaglandinas pelo bloqueio da enzima prostaglandin-sintetase. Esta propriedade antiinflamatória estaria reforçada pela presença de carotenóides, flavonóides e sais de manganês. Por outro lado, os ésteres do ácido cafêico e clorogênico, muitos abundantes na família das Compostas têm demonstrado inibir a via clássica do complemento (Rios Vañavate J., 1995).
As lactonas sesquiterpênicas evidenciaram um bom efeito contra eczemas, ao inibir a fosforilação oxidativa dos polimorfonucleares e sua emarginação e ao mesmo tempo impedem a ruptura das membranas lisossomais (Hausen B., 1980).
A presença de polissacarídeos heterogllicanos de alto peso molecular (25.000-50.000), que contêm ácidos urônicos, conferem propriedades imunoestimulantes de acordo com experiências realizadas com animais in vivo e in vitro (Wagner H. et al., 1985).
O conjunto de flavonóides e álcoois sesquiterpênicos provocam um efeito hipotensor inicial para logo transformar-se em hipotensor (Stuart M., 1980).
Os flavonônicos astragalosídeo, isoquercitrosídeo e quercetol-3-glicogalactourônico evidenciaram, em modelos animais, efeitos cardiotônicos.
Os ácidos cafêico e clorogênico têm demonstrado em diferentes ensaios ação antibacteriana e antimicótica (refrorçada pelas lactonas sesquiterpênicas e o pentaino-monoeno) e efeito colerético (reforçado pelo óleo essencial e pelos flavonóides). Já os taninos proporcionam a já conhecida ação adstringente, aumentando desta forma a resistência das mucosas.



Toxicidade/Contra-indicações: Quando utilizada internamente, em doses elevadas, pode produzir alterações nervosas: alucinações, vertigens, problemas digestivos (irritação sobre as mucosas) e complicações cardíacas. Portanto é recomendado evitar o uso interno e quando administrado, nunca ultrapassar as doses usuais.
Topicamente, devido as lactonas sesquiterpênicas (especialmente a helenalina e seus derivados), pode produzir reações alérgicas cutâneas sob a forma de edemas e dermatite vesicular. É devido a estes efeitos que se recomenda usar sempre as formas farmacêuticas diluídas. Em caso do aparecimento de dermatites, suspender o tratamento.
É contra-indicada para indivíduos que possuam sensibilidade à Arnica; na gravidez, por ser abortivo e na lactação (uso interno); em afecções hepáticas.
A dose letal para uma ingestão em humanos foi calculada em torno de 60 gramas.

Dosagem e Modo de Usar:
• Uso Interno:
- Tintura (1:10): 10-20 gotas, uma a três vezes ao dia;
- Extrato Fluido (1:5): 5-10 gotas, uma a três vezes ao dia;

• Uso Tópico: Sob a forma de compressa ou loções.
- Extrato Fluido: diluído a 20%;
- Infusão: a 2-4%;
- Extrato Glicólico (1:5): em géis, sabonetes e cremes.

Referências Bibliográficas:
• FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 3ª edição. 1977.

• OLIVEIRA, F.; AKISUE, G.; AKISUE, M. K. Farmacognosia. 1ª edição.
1996.

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.


• SCHAWENBERG, P.; PARIS, F. Guia de las Plantas Medicinales. Omega.
1980.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

• ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 (obra que cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ações
Farmacológicas).

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