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terça-feira, 17 de março de 2009

Efedra


A Efedra é uma planta muito antiga e tem sido utilizada por muito tempo no Oriente contra as enfermidades respiratórias e alérgicas, especialmente no tratamento da asma brônquica. Os botânicos consideram-na como um elo evolucionário entre as plantas floríferas e as coníferas. Em 1924 foi introduzida no Ocidente.
É uma planta frágil que mede de 0,40 a 1 metros de altura, com caule prostrado e ascendente. Os ramos são verde-glaucos, opostos ou fasciculados, constituídos por artículos rígidos de 2 a 4 centímetros e estriados. As folhas são transformadas em duas pequenas escamas opostas, situadas na articulação dos ramos. As flores são amarelo-esverdeadas, sem cálice na corola, mas com escamas florais redondas e aglomeradas em amentilhos pedunculados, sendo o amentilho masculino ovóide com 4 a 8 pares de flores e o amentilho feminino com 1 par de flores envolvido por escamas imbricadas. O fruto é uma pseudodrupa carnuda e vermelha que envolve uma semente nua.
A Organização Mundial da Saúde e a Farmacopéia Japonesa XIII (1996) consideram como droga vegetal as partes aéreas das espécies do gênero Ephedra que contenham efedrina. Destacam-se as espécies: Ephedra sinica Stapf e Ephedra distachya L.

Nome Científico: Ephedra distachya L. Sinonímia: Ephedra arborea Lag. ex Bertol.; Ephedra botryoides Fisch.; Ephedra dubia Reg.; Ephedra gerardiana Wall.; Ephedra macrocephala Bertol.; Ephedra maritima St.-Lag.; Ephedra media C. A. Meyer; Ephedra minor Host; Ephedra monostachya L.; Ephedra podostylax Boiss.; Ephedra polygonoides Pall.; Ephedra stenosperma Schranck et C. A. Meyer; Ephedra subtristachya C. A. Meyer; Ephedra vulgaris Rich.

Nome Popular: Efedra, Morango-do-campo, Ma-huang e Cipó-de-areia, em português; Efedra, e Ma-huang, em espanhol; Éphédra e Ma-huang, na França; Teamsters Tea, em inglês.

Denominação Homeopática: EPHEDRA VULGARIS.

Família Botânica: Ephedraceae (Ginetaceae).

Parte Utilizada: Ramo (partes aéreas).

Princípios Ativos: Alcalóides ou Protoalcalóides: derivados do núcleo fenil-etilamina (anfetamínico), destacando a efedrina e seus isômeros: pseudoefedrina, metilefedrina, metil-pseudoefedrina, metil-pseudoefedrina, norefedrina e nor-pseudoefedrina; Alcalóides Macrocíclicos: são derivaos da espermina, destacando as efedradinas A, BV, C, D e E; Flavonóides; Protoantocianidóis; Oxazolidona; Taninos.

Indicações e Ações Farmacológicas: A Efedra é geralmente indicada na asma , rinite e hipotensão arterial. Em Homeopatia é utilizada no bócio exoftálmico, com batimentos cardíacos tumultuosos e com a sensação dos olhos serem atirados ou arrancados das órbitas. Também empregada na asma e na rinite alérgica.
A atividade da efedrina e dos demais alcalóides é do tipo simpatomimético ( e -adrenérgica) com uma marcada ação estimulante dos centros nervosos respiratórios ao nível bulbar. Sua potência é menos marcada que a correspondente a das anfetaminas e sua atividade central se deve em parte a sua ação sobre os neurônios pós-ganglionares, produzindo a liberação de norepinefrina pelas vesículas de armazenamento das terminações nervosas (Goodman e Gilman A., 1986; Furuya I. e Watanabe S., 1993).
Seus efeitos ao nível cardiovascular são similares aos da epinefrina, mas estes se prolongam até umas 10 vezes mais de tempo. A freqüência cardíaca pode baixar sem se modificar, porém é aumentada se houver um bloqueio dos reflexos vagais. Com um retorno venoso adequado a força contrátil e o gasto cardíaco aumentam com a droga (Schumann H. et al., 1978). Ocorre também um aumento de pressão arterial tanto sistólica quanto diastólica devido a uma ação vasoconstritora periférica.
Ao nível bronquial, produz um relaxamento muscular menos marcado, mais pronunciada que com a noradrenalina. Isso faz com que se possa se administrar nos casos de asma leve ou crônica durante episódios curtos (Webb Johnson D., 1977).
Ocorre midríase quando é aplicada localmente sobre os olhos, sem provocar reflexos ou modificações na pressão intraocular. Este efeito é mais marcado em indvíduos que têm íris clara (Grant W., 1969).
Estudos realizados em ratos com extratos alcoólicos e aquosos revelaram que a administração de Ephedra distachya produzem transitória hiperglicemia seguida de uma longa e prolongada hipoglicemia. A investigação feita em modelos normais e hiperglicêmicos induzidos por haloxano revelaram que os compostos mais ativos desta atividade seriam os efedranos A, B, C, D e E (Handa S. e Chawla Maninder A., 1989).
Os efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso central são menos marcantes que os observados com a epinefrina. A nor-pseudoefedrina é considerada como uma verdadeira anfetamina pelo seu intenso efeito psicoestimulante, vastamente empregado em formas magistrais emagrecedoras, combinado com bases xantínicas como a cafeína (Kalix P., 1991).

Toxicidade/Contra-indicações: A grande variedade quanto ao conteúdo de alcalóides entre exemplares idênticos faz com que se recorra freqüentemente a formas farmacêuticas estandarizadas. As reações observadas são no geral inaceitáveis aos efeitos sobre o sistema nervoso central, em especial a ansiedade, tremores e insônia (quando administrado em forma continuada. Excepcionalmente é observada psicose tóxica.
Quando a efedrina é empregada como descongestionante nasal, sua ação vasoconstritora sobre a mucosa atua durante quatro ou seis horas, porém a congestão retorna devendo o paciente recorrer a outras doses inclusive maiores, o qual é o único que se faz condicionar um processo crônico. Este uso não deve exceder 4-5 dias contínuos (Peris J. et al., 1995).
É contra-indicado o uso nos casos de hipertensão arterial, insuficiência coronária, hipertiroidismo, diabetes do tipo II, glaucoma, atonia vesical, hipertrofia prostática (por diminuir a capacidade contrátil da bexiga), lactação e gravidez (Peris J. et al., 1995).
Nunca associar este medicamento com algum inibidor da MAO ou digitálicos.

Dosagem e Modo de Usar: Verificar as fórmulas comerciais.
• Homeopatia: Tintura-mãe, de 1 a 20 gotas. É necessário tatear a sensibilidade individual.

Referências Bibliográficas:

• ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 ( o qual cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ações
Farmacológicas/ Toxicidade e Contra-indicações).

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• CAIRO, N. Guia de Medicina Homeopática. 21ª edição. 1983.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

• The Japanese Pharmacopoeia XIII, 1996.

• WHO monographs on selected medicinal plants, vol. 1, 1999.



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