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quarta-feira, 18 de março de 2009

Frângula



A primeira citação que se tem notícia desta espécie data do século XIV, em um texto do agrônomo italiano Pietro Crescenzi. Quanto ao seu nome botânico, frangula, significa “partir”, uma alusão à fragilidade de seus ramos.
É um arbusto que mede entre 1 a 4 metros de altura, de tronco ereto, com ramos horizontais flexíveis, alternos e não espinhosos. As folhas são inteiras, membranosas, alternas, caducas, com 8 a 12 pares de nervuras salientes, paralelas e quase retas. As flores são esverdeadas, hermafroditas, com 5 sépalas, 5 pétalas ovais, 5 estames, estilete simples e reunidas de 2 a 10 em cimeiras frouxas. O fruto é uma drupa verde e depois vermelha, adquirindo a cor preta na maturação.
A British Pharmacopoeia (1993) descreve a casca da Frângula, a qual é a parte utilizada, da seguinte maneira: “Fragmentos curvados ou quase planos, em peças enroladas (como a casca da Canela e da Quina) sozinhas ou duplas, medindo de 0,5 a 2 mm de espessura, de comprimento e largura variáveis. A superfície externa é marrom acinzentada, enrugada longitudinalmente e coberta com numerosas lenticelas alongadas, cinzentas, transversalmente. A superfície interna é lisa, com estrias longitudinais, variando do marrom alaranjado ao vermelho amarronzado, mudando para o vermelho quando tratada com álcali. A fratura é pequena na parte externa e fibrosa na parte interna.”

Nome Científico: Rhamnus frangula L. Sinonímia: Frangula alnus Mill.; Frangula pentapetala Gilib.; Frangula vulgaris Rchb.; Rhamnus alnoides S.F.Gray; Rhamnus balearica Hort. Par. ex Link; Rhamnus nemoralis Salisb.; Rhamnus pentapetala Gilib.; Rhamnus sanguino Ortega.

Nome Popular: Frângula, Amieiro Preto, Amieiro Negro, Cangica, Cangiqueira e Sanguinho de Água, em português; Brechwegdorn, na Alemanha; Arraclán e Hediondo, em espanhol; Aulne Noir, Bourdaine e Nerprun-Bourgène, na França; Alder Buckthorn, Berry-Bearin Buckthorn, Black Alder, Buckthorn, Buckthorn Alder e European Alder Buckthorn, em inglês; Frangola, na Itália.

Denominação Homeopática: FRANGULA.

Família Botânica: Rhamnaceae.

Parte Utilizada: Casca.

Princípios Ativos: Antraquinonas (3-7%): frangulosídeos, como os principais componentes, incluindo a frangulina A e B e glicogfrangulina A e B e derivados da emodina, tais como a emodina diantrona e palmidina C, além dos glicosídeos do crisofanol e de várias agliconas livres; Flavonóides; Taninos.

Indicações e Ações Farmacológicas: A Frângula é indicada na prisão de ventre, na limpeza intestinal prévia para cirurgias ou explorações radiológicas. Topicamente é aplicada na limpeza e desinfecção de feridas. Em Homeopatia é utilizada em estados onde as fezes se apresentam de forma esverdeada e de natureza pastosa, dentre as aplicações.
A Frângula apresenta ação laxante ou purgante, de acordo com a dose.
Os glicosídeos hidroxiantracênicos são pobremente absorvidos no intestino delgado mas são hidrolizados pelas bactérias da flora intestinal, tornando-se agliconas farmacologicamente ativas, as quais são parcialmente absorvidas no cólon. Elas são excretadas de forma predominante nas fezes, e uma parte pela urina, tornando-a de coloração alaranjada.
As agliconas hidroxiantracênicas inibem a absorção de água e eletrólitos no cólon e também induzem a secreção de água e eletrólitos no lúmen intestinal. Devido ao aumento no volume destes, o peristaltismo intestinal é estimulado.

Toxicidade/Contra-indicações: A droga deve estar bem seca (a 100º C, durante uma hora) e envelhecida (ao menos um ano), para que ocorra a transformação das antronas e antranóis em antraquinonas, indispensáveis para a terapêutica. Não é recomendado tratamentos prolongados, nem empregar doses superiores às indicadas. Empregar sempre tratamentos com baixas doses. O uso da planta fresca, em doses elevadas e em tratamentos prolongados, pode produzir cólicas por irritação gastrintestinal, com fortes espasmos, vômitos e náuseas. O uso contínuo pode produzir a perda de eletrólitos, especialmente o potássio, podendo desta forma potencializar os efeitos de cardiotônicos, caso o indivíduo esteja fazendo uso deste tipo de fármaco.
É contra-indicado o uso durante a gravidez, lactação, menstruação, obstrução intestinal, abdome agudo, úlceras gastroduodenais, síndrome do cólon irritável, doença de Crohn, hemorróidas, cistite, insuficiência renal ou cardíaca. É incompatível em tratamentos com cardiotônicos ou a base de alcalinizantes, tais como bicarbonato e sais de magnésio.

Dosagem e Modo de Usar:
• Uso Interno:
- Pó: 1 a 2 gramas ao dia, como laxante e 4 a 5 gramas, como purgante, em cápsula de 0,5 g;
- Extrato Fluido (1:1, em 25% de etanol): 0,5 a 2,5 ao dia;
- Tintura (1:10): 15 a 30 gotas, uma a três vezes ao dia, antes das refeições;
- Extrato Seco (5:1): 100 a 300 mg/dia, uma a três vezes.
- Homeopatia: 3.ª, 5.ª e 6.ª

• Uso Externo:
- Compressas com Tintura (1:10).

Referências Bibliográficas:
• NEWALL, C. A.; ANDERSON, L. A.; PHILLIPSON, J. D. Herbal Medicines - A
guide for health-care professionals, 1ª edição, Londres, 1996.

• CAIRO, N. Guia de Medicina Homeopática. 1983.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest do Brasil. 1ª edição.
1999.

• BRITISH HERBAL COMPENDIUM. Volume 1; BHMA; 1992.

• BRITISH PHARMACOPOEIA INTERNATIONAL EDITION (1993).

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