Pesquisa de Dicas e Ervas

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quarta-feira, 25 de março de 2009

Losna



A Losna ou Absinto é um subarbusto que mede cerca de 60-120cm de altura, com folhas esverdeadas na página superior e prateadas na inferior, sedosas, pecioladas, profundamente fendidas em segmento obtuso; flores amarelas, tubulosas, organizadas em pequenos capítulos; caule verde-prateado, pubescente, ereto e canelado.
Originária da Ásia e Europa, a Losna é citada desde tempos muito antigos pelas suas propriedades, a qual já foi descrita em um papiro egípcio que data de 1600 a.C. Em grego Losna significa “privado de doçura”, indicando o seu gosto extremamente amargo. Possui cheiro aromático que é atenuado na secagem e depois durante o tempo de conservação.
A infusão de suas folhas é tônica e amarga, fornecendo uma essência, de cor verde, que é a base do Licor de Absinto, hoje proibido no Brasil e em diversos países do mundo devido a sua ação sobre o sistema nervoso, onde seu abuso pode ocasionar doenças graves. Os ramos de Losna são colhidos no início da floração (no verão), secando-se à sombra ou em estufas moderadamente aquecidas (40ºC), para que não haja perda da essência. O fator geográfico influi nas propriedades físico-química das essência.

Nome Científico: Artemisia absinthium L. Sinonímia: Absinthium bipedale Gilib.; Absinthium ponticum Bauh.; Absinthium romanum officinarum Bauh.; Absinthium officinale Broth.; Absinthium vulgare Lamk.; Artemisia absinthia St.-Lag.; Artemisia inodora Mill.

Nome Popular: Losna, Absinto, Alvina, Erva-santa, Acintro e Aluina, no Brasil; Wormwood, Common Wormwood, Green Ginger, Absinthe, em inglês; Ajenjo, em língua espanhola; Armoise Absinthe, na França; Wermuth, Wermuthbeifuss, na Alemanha; Assenzio, na Itália.

Denominação Homeopática: ABSINTHIUM.

Família Botânica: Asteraceae (Compositae).

Parte Utilizada: Folha, talo e sumidades floridas.

Princípios Ativos: Óleo Essencial (0,2-1,7%), rico em  e  tuiona e tuiol, cineol, linalol, -bisabolol, -curcumeno, espatulenol, felandreno; Lactonas Sesquiterpênicas (0,1-0,4%) absintina, artabsina, matricina, anabsintina (princípios amargos); Flavonóides, Ácido Cafêico e outros Fenolcarboxílicos; Taninos; Sais de Potássio; Ceras; Vitamina B6 e C; são as substâncias azulênicas que conferem o sabor extremamente amargo da Losna.

Indicações e Ação Farmacológica: A Losna é indicada para o uso interno: na inapetência, nas dispepsias hiposecretoras, nos espasmos gastrointestinais, no meteorismo, disquinesias hepatobiliares; na amenorréia e na dismenorréia; na oxiurose; na bronquite; em enfermidades nervosas. Em uso externo: dermatomicoses, otites, queimaduras, feridas e ulcerações dérmicas.
A ação da Losna promove uma estimulação e melhora do processo digestivo, principalmente quando há deficiência na qualidade ou na quantidade do suco gástrico. Os
princípios amargos são responsáveis por sua ação aperitiva e colerética, estimulando as secreções estomáquica, biliar, pancreática e o peristaltismo intestinal. A tuiona presente no óleo essencial atua em alguns sítios receptores do cérebro, promovendo um efeito simpatomimético. Os sais de potássio conferem uma ação diurética. Ao óleo essencial como um todo, atribui-se efeito carminativo, expectorante, anti-helmíntico, antibiótico, antifúngico e antiespasmódico. Topicamente possui ação cicatrizante.

Toxicidade/Contra-indicações: Recomenda-se não prescrever o óleo essencial puro via interna devido a presença de tuiona, a qual é altamente tóxica. A intoxicação se manifesta com espasmos gastrointestinais, vômitos, retenção de urina, tremores, convulsões tetânicas, perturbações psíquicas, podendo levar ao coma e à morte. O uso prolongado do Licor de Absinto produz uma síndrome denominada Absintismo, que se caracteriza por transtornos nervosos, gástricos e hepáticos.
A Losna é contra-indicada para gestantes, crianças, lactentes, pessoas que apresentam irritações gástricas e intestinais, epilepsia, Doença de Parkinson e alergias respiratórias. Em lactentes o óleo essencial é abortivo e neurotóxico, além de tornar amargo o leite da amamentação. O tratamento não deve exceder a três semanas.

Dosagem e Modo de Usar:
• Uso Interno:
- Infusão (1-1,5%): Duas a três xícaras ao dia.
- Extrato Fluido (1:1): 20 a 40 gotas, uma a três vezes ao dia.
- Tintura (1:10): 50 gotas, duas a três vezes ao dia.
- Pó: 1g/dia, como aperitivo e febrífugo; 2-3g/dia, como vermífugo, em tratamentos não superiores a 10 dias.
- Xarope (10% de extrato fluido): 1 a 4 colheres de sopa ao dia.
- Extrato Seco (5:1): 200mg, duas a três vezes ao dia, antes das refeições.

• Uso Externo:
- Decocção: 30g/L, aplicado em forma de compressa, sobre as feridas e ulcerações.

Referências Bibliográficas:
• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.

• Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Seleções do Reader’s Digest. 1ª
edição. 1983.

• COSTA, A. F. Farmacognosia. Volume 1. Fundação Gulbenkian Calouste.
Lisboa. 1994.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

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