Pesquisa de Dicas e Ervas

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sexta-feira, 13 de março de 2009

Chá de Java


Trata-se de um arbusto que mede até 1,20 metros de altura, caracterizado por apresentar um caule quadrangular liso, com a parte inferior de cor violeta escura e a superior verde-violácea. As folhas são pecioladas, romboidal-elípticas, com borda dentada e assimétrica na base, com nervura e pecíolo violáceos. As flores estão dispostas em espiga terminal com a corola bilabiada de cor branco-celeste e o enorme comprimento de seus estames azuis conferiu-lhe o nome popular de bigode de gato. O fruto é um tetraquênio de superfície rugosa.
É originário do sudeste asiático e norte da Austrália e posteriormente foi introduzido nas regiões tropicais da América do Sul. Esta planta vem sendo muito empregada pelos nativos do arquipélago malaio como anti-séptico urinário, depurativo, nos transtornos hepáticos e como diurético.

Nome Científico: Orthosiphon stamineus Benth.; Sinonímia: Orthosiphon aristatus (Blume) Miquel.; Trichostema spiralis Lour.

Nome Popular: Chá de Java e Bariflora, em português; Ortosifón, Té de Java, em espanhol; Barbiflore, Thé de Java, na França; Java Tea, em inglês.

Denominação Homeopática: ORTHOSIPHON STAMINEUS.

Família Botânica: Labiatae.

Parte Utilizada: Folha.

Princípios Ativos: Óleo Essencial (0,02-0,06%): formado principalmente por sesquiterpenos, entre eles temos o -elemeno, -selineno, -cariofileno, etc.; Flavonóides: cirsimaritina, eupatropina, salvigenina, sinensetina, etc.; abundante em Sais de Potássio (2,5-3%); Sais de magnésio; Ácidos Orgânicos: rosmarínico, ursólico, cafêico, glicólico e benzóico; -sitosterol; -amirina; Inositol; Betaína; Colina; Diterpenos; Metilripariocromeno A; Ortosifonina (glicosídeo amargo); Saponinas Triterpênicas: sapofonina; Taninos (5-10%).



Indicações e Ações Farmacológicas: Indicado nas afecções urinárias crônicas: urolitíase, hiperuricemia, cistite, prostatite, uretrite, adenoma benigno da próstata e edemas por insuficiência venosa; nas afecções hepáticas: disquinesias biliares e nas coleocistites; como coadjuvante no tratamento da obesidade; nas afecções cardíacas: hipertensão; nas hiperlipidemias e no reumatismo.
O Chá de Java é amplamente utilizado como diurético e anti-séptico urinário. A atividade diurética estaria embasada pelo efeito sinérgico das altas quantidades de potássio, dos flavonóides e do óleo essencial presentes, gerando uma atividade do tipo azotúrica, uricosúrica, comparável à Furosemida (Loew D. et al., 1991; Englert J. et al., 1992). O emprego prolongado das folhas do Chá de Java produz uma alcalinização da urina que favorece a eliminação de pequenos cálculos urinários (Nirdnoy M. e Muangman V., 1991).
Tem-se comprovado por meio de provas em animais, uma atividade hipocolesterolemiante e colagoga suave (Peris J. et al., 1995). Em Cuba se realizou distintos ensaios em mais de 200 pacientes portadores de infecções urinárias, produzindo em 2 semanas de ingestão da infusão a negatividade da presença de Escherichia coli, Klebsiella, Proteus e Pseudomonas (Simon E. et al., 1988; Barroso E. et al., 1988). Um estudo realizado em Taiwan demonstrou que o extrato aquoso desta planta possui atividade antibacteriana frente ao Streptococcus mutans (Chen Ch. et al., 1989).
O extrato aquoso do Chá de Java, em doses de 1 g/kg tem exibido atividade hipoglicemiante em ratos normais e com diabetes induzida por uma injeção intravenosa de estreptozotocina em doses de 65 mg/kg (Mariam A. et al., 1996).

Toxicidade/Contra-indicações: Não se tem demonstrado efeitos indesejáveis nas doses usuais. Os taninos e os princípios amargos presentes no Chá de Java induzem a um aumento da secreção cloropéptica. Para eliminar este problema, recomenda-se a manipulação em forma de cápsulas ou comprimidos entéricos. A infusão apresemta um intenso sabor amargo que pode produzir náuseas e vômitos.
É contra-indicado no caso de insuficiência renal ou cardíaca ou quando se suspeite da existência de obstrução das vias biliares, só deve ser utilizado sob prescrição médica.

Dosagem e Modo de Usar:
• Infusão: 10 a 15 g/l. Infundir durante 10 minutos. Tomar um litro por dia;
• Extrato Fluido (1:1): 30-60 gotas, um a três vezes ao dia, meia hora antes das refeições (recomenda-se não ultrapassar de 5g/dia = 200 gotas);
• Tintura (1:5): 50-100 gotas, uma a três vezes ao dia;
• Extrato Seco (5:1): 0,3 a 1 g/dia.

Referências Bibliográficas:
• ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 ( o qual cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ações
Farmacológicas/ Toxicidade e Contra-indicações).

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest do Brasil. 1ª edição.
1999.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.


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