Arbusto da flora brasileira, o Barbatimão é descrito da seguinte maneira pela Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil 2ª Edição (1959): “Esta casca apresenta-se em pedaços de forma e tamanho muito variáveis. A casca proveniente do tronco mostra-se recurvada no sentido transversal, medindo em geral 12 mm de espessura; a casca dos ramos apresenta-se enrolada no mesmo sentido, medindo em geral 4 mm de espessura. A superfície externa da casca é de cor pardo-esverdeada e com placas esbranquiçadas, quando recoberta de liquens; pode ser muito rugosa e profundamente escavada em todos os sentido; sua superfície interna é de cor pardo-avermelhada viva, às vezes enrugada transversalmente e estriada longitudinalmente, devido à presença de grandes feixes de fibras. É inodora e de sabor muito adstringente.”
Possui folhas bipinadas, com folíolos ovados, pequenos e às vezes glabros; as flores são avermelhadas ou quase brancas, pequenas, dispostas em espigas cilíndricas e axilares; o fruto é uma vagem séssil, grossa e carnosa, de 10 centímetros de comprimento; as sementes são semelhantes a grãos de feijão. Sua madeira é vermelha, com manchas escuras, própria para a construção civil, obras expostas e em lugares úmidos.
É uma planta que se adapta melhor aos solos secos e bem drenados , com iluminação plena. O plantio é feito por sementes e só se colhe quando a árvore estiver bem desenvolvida.
Nome Científico: Stryphnodendron barbatimao Martius. Sinonímia: Accacia adstringens Mart.; Stryphnodendron adstringens (Martius) Coville.
Nome Popular: Barba-de-timan, Uabatimó, Yba-timõ, Casca-de-virgindade (ou-da-mocidade), Chorãozinho-roxo e Barbatimão Verdadeiro, no Brasil.
Denominação Homeopática: STRYPHNODENDRON.
Família Botânica: Leguminosae-Mimosoidae.
Parte Utilizada: Casca.
Princípios Ativos: Taninos, Amido, Matérias Resinosas e Mucilagens.
Indicações e Ações Farmacológicas: Seu uso terapêutico inclui os quadros diarréicos, diabetes mellitus, escorbuto e flatulência. Externamente é aplicado em ferimentos, hemorróidas e irritações vaginais.
A atividade farmacológica realizada por esta planta deve-se à riqueza de taninos que sua casca possui, sendo portanto antileucorréico, antidiarréico e hemostático.
Toxicidade/Contra-indicações: Não há referências na literatura consultada.
Dosagem e Modo de Usar:
• Pó: de 1 a 5 gramas por dia;
• Extrato Fluido: de 1 a 5 cc por dia;
• Tintura: de 5 a 25 cc por dia.
Referências Bibliográficas:
• OLIVEIRA, F.; AKISUE, G.; AKISUE, M. K. Farmacognosia. 1ª edição.
1996.
• FARMACOPÉIA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL 2ª edição, 1959.
• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
• CORRÊA, A. D.; BATISTA, R. S.; QUINTAS, L. E. M. Plantas Medicinais
do Cultivo à Terapêutica.1ª edição. 1998.
• COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia. 2ª edição. 1994.
• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.
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