Pesquisa de Dicas e Ervas

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terça-feira, 10 de março de 2009

Cáscara Sagrada

Espécie originária da costa oeste dos Estados Unidos, a Cáscara Sagrada é uma árvore que mede de 6 a 18 metros de altura; folhas alternas, largas, ovaladas e de bordas dentadas; as flores são pequenas, brancas e dispostas em buquê; o fruto é uma baga dura, de cor escura, contendo 3 sementes delgadas e membranosas. São as casca do caule e dos ramos que são utilizadas na terapêutica e que constituem a droga vegetal. Segundo a Farmacopéia 4ª Edição (1996), as cascas secas do caule e dos ramos da Cáscara Sagrada têm as seguintes características: “Peças acanaladas ou quase achatadas, de 1-5 mm de espessura, de comprimento e largura variáveis, às vezes partidas em fragmentos pequenos, achatados e quase uniformes. Superfície externa quase lisa, casca marrom-púrpura escura, com lenticelas esparsas e eventualmente coberta com camada branca de líquens, musgos ou hepáticas. Superfície interna amarela a marrom-avermelhada, ou quase negra, com estrias longitudinais e corrugações transversas, fracas. Fratura breve e granular na parte externa, algo fibrosa na parte interna. Odor característico, levemente aromático e sabor amargo, nauseante e persistente.”
Esta edição da Farmacopéia Brasileira ainda cita que a droga vegetal “não deve ser utilizada antes de decorrido um ano de sua coleta salvo se for submetida a processo de oxidação acelerada, em estufa de 100-105 ºC, durante 1 hora.”

Nome Científico: Rhamnus purshiana D.C. Sinonímia: Frangula purshiana (D.C.) A. Gray ex J. G. Cooper.

Denominação Homeopática: CASCARA SAGRADA.

Nome Popular: Cáscara Sagrada, Casca Sagrada, Cáscara, no Brasil; Écorce Sacreé, na França; Cáscara Sagrada, em língua espanhola; Cascara Sagrada, Purshiana Brak, Sagrada Bark, Sacred Bark, Bitter Bark, Yellow Bark, Dogwood Bark, California Buckthorn, Chittem Bark, em inglês.

Família Botânica: Rhamanaceae.

Parte Utilizada: Cascas secas do caule e dos ramos.

Princípios Ativos: Compostos antraquinônicos: antraquinonas livres (crisofanol e emodol), o-heterosídeos (emodina-antrona), C-heterosídeos: cascarosídeos A e B


(glicosídeos da aloína) e cascarosídeos C e D (glicosídeos da crisaloína); Taninos; Sais Minerais; PrincípiosAmargos; Ramnotoxina (albuminóide).

Indicações e Ações Farmacológicas: A Cáscara Sagrada é indicada no tratamento da constipação intestinal e na prisão de ventre.
Devido aos compostos antraquinônicos, a Cáscara Sagrada possui ação laxativa em doses baixas e é purgante em doses maiores. Possui a capacidade de aumentar o peristaltismo intestinal e de restabelecer o tônus natural do cólon. Seus efeitos são mais pronunciados que os da Frângula (Rhamnus frangula).

Toxicidade/Contra-indicações: Deve-se sempre utilizar a droga feita da casca envelhecida, por pelo menos um ano após a coleta, pois quando fresca contém ramnotoxina a qual pode provocar vômitos e espamos gastrointestinais. Seu uso prolongado, doses maiores ou maior sensibilidade à droga, pode determinar espamos e cólicas. A ingestão a longo prazo de derivados antraquinônicos pode conduzir a uma destruição dos plexos nervosos intramurais, causando o chamado cólon catártico: um intestino grosso atônico e de aspecto tubular semelhante ao da colite ulcerosa crônica. Freqüentemente é acompanhada de melanose retocólica. O uso abusivo de laxantes pode determinar uma hipocalemia, a qual é muito perigosa para cardiopatas.
É contra-indicada na gravidez, pois os derivados antracênicos podem provocar aborto; na lactância, pois os princípios ativos passam da mãe para o bebê durante a amamentação, originando diarréias; para crianças menores que 6 anos; na menstruação; em estados inflamatórios intestinais e uterinos; na cistite; nas hemorróidas; na insuficiência hepática, renal ou cardíaca e na associação com cardiotônicos.

Dosagem e Modo de Usar: Doses para uma vez ao dia:

• Extrato Seco (5:1): 50-100 mg/cápsula;
• Pó: Cápsulas de 25 mg. Em caso de necessidade esta dose pode ser repetida até três vezes ao dia;



• Tintura (1:5): 40-60 gotas;
• Extrato Fluido (1:1): 25-50 gotas.

A dose recomendável é a mínima necessária para produzir o efeito desejado. Começar sempre o tratamento com doses baixas e aumentar somente em caso de necessidade. Não prolongar o tratamento por mais de uma semana sem orientação médica.

Referências Bibliográficas:
• FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4ª edição. 1996.

• OLIVEIRA, F.; AKISUE, G.; AKISUE, M. K. Farmacognosia. 1ª edição.
1996.

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.

• PDR FOR HERBAL MEDICINES. 1ª edição. 1998.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

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