Originária da Europa, África e Ásia, a Alfafa é uma erva ereta de raízes compridas, medindo cerca de 5 a 10 metros; possui folhas compostas, tri-foliadas, com folíolos oblongos, mais ou menos serrados; suas flores são violáceas ou azuladas, dispostas em racimos curtos; o fruto é uma vagem espiralada, com sementes pequenas e comprimidas.
Esta erva se propaga melhor em solos neutros (pH=7), não se desenvolvendo bem em solos encharcados. Adapta-se bem aos climas temperado, subtropical e tropical. A colheita poderá ser feita de cinco a oito vezes ao ano, com corte entre 6 e 8 centímetros acima do solo.
É sabido que esta planta fornece alimentação de primeira qualidade ao gado bovino, equino e ovinos onde até se observa um aumento da lã comparado a animais que são alimentados com outras leguminosas. Porém este não deve ser o único alimento para evitar a meteorisação.
Nome Científico: Medicago sativa L. Sinonímia: Medicago coerulea Less.; Medicago falcata Lam.
Denominação Homeopática: ALFALFA.
Nome Popular: Alfafa, Alfafa Verdadeira, Alfafa-de-flor-roxa, Luzerna e Alfafa de Provença, no Brasil; Alfalfa e Mielga, em espanhol; Erba Medica, Erba Spagna e Cedrangola, na Itália; Luzerne Cultivée, na França; Alfalfa, em inglês; Luzerne, na Alemanha; Luzerna e Melga-dos-prados, em Portugal; Nefell, em árabe; Lasan-Ghas, na Índia.
Família Botânica: Leguminosae.
Parte Utilizada: Caule e folha.
Princípios Ativos: Saponinas; Aminoácidos; Taninos; Sais Minerais: cálcio, ferro, fósforo e potássio; Isoflavonas: genisteína e biocanina A; Vitaminas (abundante): A, B, C, D, E e K; Substâncias Graxas; Cumestrol.
Indicações e Ação Farmacológica: A Alfafa é indicada nas anemias, principalmente aquelas motivadas por deficiências vitamínicas ou minerais; na fadiga; no escorbuto; no raquitismo; na falta de apetite; em hemorragias: capilares, nasais e gástricas, entre outras; consolidação de fraturas; transtornos relacionados com o climatério.
A Alfafa é um suplemento alimentar devido a riqueza de nutrientes que apresenta. É anti-hemorrágica pela presença da vitamina K, a qual auxilia na coagulação sangüínea. É estrogênica., pelas isoflavonas e pelo cumestrol. É antianêmica, pelo ferro orgânico presente em quantidade considerável. É fonte de vitaminas, prevenindo e combatendo doenças relacionadas com deficiências vitamínicas. É remineralizante.
Toxicidade/Contra-indicações: Devido a riqueza em vitamina K, recomenda-se realizar testes de coagulação antes de sua utilização.
Existem relatos de casos de intoxicação por ingestão de sementes de Alfafa como uma esplenomegalia e a reativação do Lúpus Eritematoso Sistêmico. Ambos efeitos são atribuídos à canavanina, encontrada nas sementes.
É contra-indicada no Lúpus Eritematoso Sistêmico; em administração juntamente com medicação estrogênica, hemostática ou anti-coagulante.
Dosagem e Modo de Usar:
• Extrato Seco (5:1): 500 mg a 1g/dia;
• Extrato Fluido (1:1): 30-50 gotas, três vezes ao dia;
• Pó: Em cápsulas de 250-500 mg, uma a três vezes ao dia;
• Tintura (1:10): 50-100 gotas, duas ou três vezes ao dia.
Referências Bibliográficas:
• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
• TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.
• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.
• CORRÊA, A. D.; BATISTA, R. S.; QUINTAS, L. E. M. Plantas Medicinais
do Cultivo à Terapêutica.1ª edição. 1998.
• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.
Um comentário:
como se faz a administracao de tintura? mistura em agua ou toma puro?
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