Pesquisa de Dicas e Ervas

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terça-feira, 3 de março de 2009

Bétula


Antigamente a Bétula era conhecida como a “árvore da sabedoria”, já que os mestres utilizavam na escola uma vara de madeira desta árvore para castigar os alunos distraídos. Os indígenas utilizavam as folhas frescas e colocavam diretamente sobre as feridas de difícil cicatrização e abcessos, deixando-as durante todo o dia em contato com a pele, com uma faixa amarrada, a fim de obter o efeito adstringente dos taninos. A menção de suas propriedades medicinais surgiram no século XII numa descrição realizada por santa Hildegarda, a respeito do seu poder diurético proporcionado por suas folhas e sua virtual capacidade de eliminar os cálculos urinários.
É uma árvore que mede entre 20 e 30 metros de altura, possuindo um tronco esguio, ramos flexíveis, sendo os jóvens pendentes. A casca é lisa, de coloração castanho-dourada e mais tarde branca e acetinada, que depois dos 20 anos abre gretas e desprende-se em lacínias na base. As folhas são glabras, brilhantes e escuras na página superior, triangulares ou romboidais, dentadas no ápice, com nervuras espaçadas, caindo a partir de outubro. As flores se reúnem em amentilhos masculinos, de cor amarelo-alaranjado e compridos e em amentilhos femininos pedunculados, curtos, com estigmas vermelhos, caducos na maturação. O fruto é um aquênio pequeno e alado. Apresenta odor levemente aromático e penetrante.

Nome Científico: Betula alba L. Sinonímia: Betula pendula Roth.; Betula verrucosa Ehrh.; Alnus japonica Steud.; Betula acuminata Ehrh.; Betula aetnensis Raf.; Betula aurata Borkh.; Betula aurea Steud.; Betula broccembergensis Bechst.; Betula carpatica Waldst. et Kit. ex. Willd.; Betula canadensis Hort. ex C.Koch; Betula cordifolia Regel; Betula coriifolia Tausch ex Regel; Betula cryptocarpa Laest.; Betula cupidata Schrad. Ex Regel; Betula dalecarlica L.f.; Betula ethnensis Raf. ex Regel; Betula friesii Larss.; Betula glauca Wend.; Betula glutinosa Wallr.; Betula grandis Schrad.; Betula gummifera Bertol.; Betula hackelii Opiz ex Steud.; Betula harcynica Wend. ex Steud.; Betula hybrida Blom.; Betula japonica Siebold; Betula laciniata Blom.; Betula laciniata Thunb.; Betula latifolia Tausch; Betula lenta Du Roi; Betula major Gilib.; Betula macrostachya Schrad. ex Regel; Betula media Laest.; Betula megalocarpa Laest.; Betula murithii Gaudin ex Regel; Betula nigra Duhamel; Betula nigricans Wend.; Betula odorata Bechst.; Betula ovata C.Koch; Betula oycoviensis Bess.; Betula palmaeformis Laest.; Betula palmata Borkh.; Betula pontica Hort. ex Loud.; Betula populifolia (Dryand.) Aiton; Betula pubescens Ehrh.; Betula reticulata Laest. Ex Regel; Betula rhombifolia Tausch; Betula rubra Hort. ex Regel; Betula rustica Laest.; Betula silvatica Laest.; Betula silvestris Laest.; Betula sokolowii Hort.; Betula subaequalis Laest.; Betula subalpina Laest.; Betula tiliaefolia Laest.; Betula tomentosa Retz. et Abel; Betula torfacea Schleich.; Betula tortuosa Ledeb.; Betula urticaefolia curtois ex Steud.; Betula virgata Salisb.

Nome Popular: Bétula, Vidoeiro, Vidoeiro Branco, Bidoeiro, Bédulo e Bido, em português; Birke, na Alemanha; Abedul, Abedul Blanco, Álamo Blanco e Árbol de la Sabiduría, em espanhol; Arbre d’ École, Arbre de la Sagesse, Arbre Néphrétique, Bois à Balais, Bonillard, Bouleau, Bouleau Blanc, Bouleau Commun e Sceptre des Maîtres, na França; Berkenboom, na Holanda; Birch e Common Silver Birch, em inglês; Betula, na Itália; Brzoza, na Polônia.

Denominação Homeopática: BETULA ALBA.

Família Botânica: Betulaceae.

Parte Utilizada: Folha e eventualmente a casca.

Princípios Ativos: Flavonóides (3%): miricitrosídeo, hiperosídeo, quercitrina, heterosídeos do kempferol, quercetina, rutosídeo e luteolina; Óleos Essenciais (0,1 a 1%): monotropitosídeo, hidrolizável em salicilato de metila e triterpenos: ácido betulínico e betulinol; Ácido Ascórbico; Ácidos Fenólicos: clorofênico e cafêico; Taninos; Saponinas; Ácido Nicotínico; Procianidóis e Resina: constituída por terpenos e zilotilol.


Indicações e Ações Farmacológicas: Esta espécie é utilizada na terapêutica como diurético, útil nas afecções genitourinárias, tais como cistite, uretrite, ureterite, pielonefrite, oligúria e urolitíase; na gota; na hipertensão; nos edemas; em tratamentos de emagrecimento; nas gripes, resfriados e cefaléias; nas inflamações osteoarticulares, tais como artrite, artrose, bursite, tendinite, fibrosite e fibromialgia. Topicamente é indicada na cicatrização de feridas, celulite, eczemas, psoríase, alopecia e vulvovaginite.
Os flavonóides, especialmente o hiperosídeo, e o triterpeno betulinol são responsáveis pela ação diurética conferida a esta espécie de acordo com ensaios feitos em animais (Duraffourd C. et al., 1987). Além disso, proporcoina um efeito protetor do parênquima renal evidenciando uma diminuição na eliminação de albumina (Tissut M. et al., 1980).
Com relação aos ácidos essenciais, estes proporcionam uma ação anti-séptica, cicatrizante e antiinflamatória. Estudos recentes feitos na Suécia demonstraram atividade antiinflamatória das folhas de Bétula, sob a forma de extrato aquoso, inibindo enzimas produtoras de prostaglandinas e tromboxanos (a ciclooxigenase por exemplo) e leucotrienos (5-lipooxigenase). Esta atividade exercida principalmente pelos taninos e polifenóis foi considerada pouco significativa in vitro, porém é muito mais marcante in vivo devido a ação metabólica ativadora do fígado sobre as saligeninas, as quais estão presentes nos compostos fenólicos, sendo metabolizadas em ácido salicílico (H. Tumon e col., 1995).
O óleo de Bétula, o qual é rico em salicilato de metila, é aproveitado pela indústria farmacêutica para a fabricação de cremes tópicos utilizados nas inflamações osteoarticulares. O ácido cafêico tem demonstrado inibir a via clássica do sistema complemento, sendo útil nos processos inflamatórios auto-imunes, como artrite reumatóide por exemplo (París R., e cols., 1981).

Toxicidade/Contra-indicações: Nas doses recomendadas não apresenta efeito tóxico. Porém, o óleo de Bétula em altas concentrações por via interna e externa é tóxico devido à alta concentração de salicilato de metila, o qual é absorvível pela via cutânea. A intoxicação é caracterizada por náuseas, vômitos, edema pulmonar e estados convulsivos. Para crianças, uma dose de 10 ml deste óleo pode ser fatal. O odor desta droga pode ser facilmente detectável no alimento, urina e nos vômitos (Goodman e Gilman, 1986).
O uso de diuréticos para cardiopatas só deve ser feito por meio de prescrição médica, devido a uma possível potenciação dos efeitos do cardiotônico. Devido a presença de salicilato de metila, deve-se ter especial cuidado na administração em indivíduos com trombocitopenia, hemorragias, ou que estejam fazendo tratamento com anticoagulantes. É desaconselhável o uso durante a gravidez e lactação e proibido para indivíduos que tenham hipersensibilidade a salicilatos.

Dosagem e Modo de Usar:
• Infusão: 40 g/l, infundir durante 10 minutos. Tomar três vezes ao dia;
• Extrato Fluido (1:1): 30 a 60 gotas, três vezes ao dia;
• Xarope (com 30% do Extrato Fluido): uma a três colheres de sopa ao dia;
• Tintura (1:10): 50-100 gotas, uma a três vezes ao dia;
• Extrato Seco (5:1): 300-600 mg/dose, duas a três vezes ao dia.
• Cosméticos: Preparações para peles e cabelos. Elimina caspa e seborréia e estimula o crescimento capilar.

Referências Bibliográficas:
• ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 ( o qual cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ações
Farmacológicas/ Toxicidade e Contra-indicações).

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest do Brasil. 1ª edição.
1999.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

• TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.

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